Como medir risco e retorno dos fundos de investimento?

Confira o texto do Alexandre Rodolfo Schulze na seção "Conteúdo do Leitor" do InfoMoney

Equipe InfoMoney

**Autor: Alexandre Rodolfo Schulze, 35 anos, Assessor de Investimentos

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Os fundos de investimento são uma classe importante dentre os diferentes ativos do mercado financeiro e são, para muitos, o primeiro investimento que permite uma diversificação e rentabilidade a baixo custo.

No entanto, a escolha pelo melhor fundo muitas vezes é baseada somente em rentabilidade verificada. Não quero dizer que é errado utilizar o indicador rentabilidade, mas deixar claro que as informações quando não colocadas na perspectiva correta, podem ser enganosas às vezes.

O real desempenho de um fundo pode ser avaliado quando os retornos que gera são avaliados com relação ao risco que assume. É aí que entre o Índice de Sharpe – IS, também conhecido como índice de eficiência que indica ao investidor se os riscos assumidos pelo fundo foram bem remunerados.

O IS, criado por Willian Sharpe, é um dos mais utilizados na avaliação de fundos de investimentos, medindo o desempenho sob a perspectiva da rentabilidade e do risco. O IS ajuda a tornar o desempenho de um fundo comparável à de outro fundo, pois não necessariamente o fundo mais rentável é o melhor.

Para calcular o IS é importante saber o retorno do investimento, o retorno do ativo livre de risco (o retorno do ativo com menor risco na economia no mesmo período – o CDI é utilizado para ativos nacionais e o T-bill é muito usado para ativos internacionais) e a volatilidade do ativo. A fórmula é:

IS = ( Ri – Rf ) / (si )

Onde:
IS = Índice de Sharpe
Ri = Retorno do Investimento
Rf = Retorno do ativo livre de risco (CDI por exemplo)
si = Volatilidade do ativo

Vejamos um exemplo para entender isso bem. Se o Fundo A gera um retorno de 13%, enquanto o Fundo B gera um retorno de 15%, então parece que o Fundo B tem um melhor desempenho. No entanto, é possível que o Fundo B tenha assumido muito mais riscos para gerar o maior retorno, caso em que o retorno adicional não é devido a melhores habilidades do gestor, mas sim uma compensação pelo aumento do risco do fundo.

Continuando com o exemplo anterior, suponhamos que o Fundo A tenha uma volatilidade de 8% enquanto o Fundo B possui uma volatilidade de 11% e a taxa livre de risco é de 3%. Com base nessas informações, o IS para o Fundo A é 1,25 enquanto que para o Fundo B é 1,09. Portanto, podemos dizer que o Fundo A realmente melhorou com base no risco, o que revela a capacidade do gestor do fundo em conseguir um melhor retorno para seus investidores correndo menores riscos.

Já um IS negativo revela que o fundo tem um retorno abaixo do ativo com menor risco na economia (CDI), nesse caso seria mais vantajoso investir no ativo com menor risco.

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