CONTEÚDO DO LEITOR: Recomendação de Livro – O Jeito Peter Lynch de Investir

Confira o artigo do Gregório Caramaschi na seção "Conteúdo do Leitor" do InfoMoney

Equipe InfoMoney

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Autor:Gregório Caramaschi

Olá prezados leitores Infomoney, hoje irei recomendar o livro – O Jeito Peter Lynch de Investir – que trata de alguns princípios de análise fundamentalista na ótica de Peter Lynch, um dos maiores gestores de ações americanas. É uma obra extremamente interessante para aqueles que buscam entender como Peter Lynch analisa seus investimento. Desde já afirmo que é uma bibliografia que vai auxiliar o operador básico ao tratar de análise fundamentalista. Em minha opinião, acho muito mais válido aplicarmos nosso tempo em análise dos fundamentos das empresas, sabendo seus prospectos e situação gerencial, do que investirmos tempo na busca de acertar o “c* da mosca” ou identificar tendências na análise técnica. No meu caso, vi que o investimento a longo prazo é muito mais interessante do que a compra e venda constante de um ativo.

Desta maneira faço uma ligação com o livro citado, pois ele dá algumas ferramentas para analisarmos sumariamente a condição de uma empresa. Endividamento, Patrimônio Líquido, Razão entre Preço e Lucro são alguns dos conceitos abordados.

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O grande diferencial do livro é a maneira descontraída do autor em escrever um assunto relativamente técnico, passando um pouco da sua experiência no mercado. Ressalto que a edição foi escrita no ano de 1989, por isso tempos que nos adequar ao momento histórico da época. Mesmo assim, vejo que quase todos ensinamentos continuam válidos até hoje. Muitas vezes trocam-se os ativos ou algumas empresas quebram, porém a maneira de avaliá-las continua-se a mesma.

Ensinamentos: O livro trata de diversas questões a serem abordadas, por isso irei abordar algumas que achei mais interessante e importante e, as que mais me chamaram a atenção.

1) Comprar ações de empresas que entendemos. Basicamente é saber a atividade fim de uma empresa de acordo com o que sabemos sobre o setor envolvido. Vamos supor que tenho muita experiência no ramo imobiliário e compro ações do ramo da tecnologia, que tenho pouca familiaridade. Qualquer alteração mais forte no preço da ação vai nos gerar dúvida e não saberemos a condição real da empresa para passar por aquela situação.

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2) Buscar empresas com lucro constante ou crescimento constante. Analisando o balanço da empresa,  poderemos verificar a evolução no lucro da empresa com o passar dos anos. Comprar empresas consolidadas no mercado é muito mais assertivo quando comparadas a empresas iniciantes que ainda não apresentam lucros consistentes.

3) Ficar atento a oportunidades que estão a nosso alcance. Por exemplo, há uma empresa de capital aberto na região onde moramos que está em rápido crescimento e com potencial de expansão. Podemos utilizar isso como métrica ao se analisar aquele determinado ativo. O contrário também vale quando estamos  analisando uma empresa e notamos que ela não se preocupa com processos básicos de venda ou atendimento ao cliente. No livro, Peter Lynch estava interessado na compra de ações do ramo dos motéis. Para isso ficou hospedado algumas vezes em diferentes regiões para verificar “in loco”, a real situação da empresa, atendimento, etc.

4) Não desconsiderar comentários de usuários ou empregados de uma determinada empresa. Ter informação privilegiada é crime e muito difícil de conseguir para o pequeno investidor, porém observar comentários de quem está inserido no próprio meio é importante para termos uma maior noção da real condição da empresa. Apesar do livro se basear em ações americanas (há um número maior de empresas de capital aberto quando comparado com o Brasil), podemos exemplificar esse ponto com uma empresa do varejo. Vemos que, em todas as unidades que fazemos nossas compras há um péssimo atendimento e que os preços não estão competitivos, e somado a isso, os empregados reclamam da empresa e que não se sentem satisfeitos com o próprio local de trabalho (desorganizado), é um ponto que devemos levar em consideração em nossas análises.  Fazendo um contraponto com essa ideia, não é a toa que muitos gestores vão às empresas para ver “ao vivo” a produção, comercialização de um produto, etc. A realidade, algumas vezes, foge um poucos das tabelas e planilhas do Excel.

5) Acreditar em si. Achar que analistas experientes sabem de tudo seria acreditar que todos que são formados em economia ou operam o mercado são milionários. Sabemos que isso não é verdade. Se tivermos.

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