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*Atualizada às 11h10 (horário de Brasília)
SÃO PAULO – As ações das elétricas são fortemente penalizadas nesta quarta-feira (20), com destaque para a Cemig (CMIG4) e Light (LIGT3), que abriram o pregão em desvalorização de 10,85% e 7,93%, respectivamente. O movimento reflete a reavaliação na base de remuneração anunciada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Às 11h10 (horário de Brasília), os papéis da Cemig já alcançavam queda de 11,86%, sendo cotados a R$ 22,74, seguidos pelos ativos da Light, que registravam recuo de 8,57%, a R$ 18,57. Com menos liquidez e fora do Ibovespa, as ações ordinárias da Cemig (CMIG3) também são fortemente penalizadas, com queda de 10,86%, a R$ 22,00. No mesmo horário, o Ibovespa registrava queda de 0,16%, aos 56.271 pontos.
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Também impressiona o volume financeiro movimentado com os papéis CMIG4, que alcançam R$ 173,62 milhões, bem acima da média diária dos últimos 21 pregões, de R$ 77,78 milhões. Já o giro financeiro das ações LIGT3 é de R$ 15,04 milhões, próximo à média de R$ 22,03 milhões.
Um pouco mais distante figuravam as ações da CPFL (CPFE3), com perdas de 3,67%, a R$ 20,23, Energias do Brasil (ENBR3, -3,11%, R$ 12,45), Eletropaulo (ELPL4, -2,89%, R$ 10,74, Copel (CPLE6, -2,75%, R$ 28,60), Cesp (CESP6, -2,17%, R$ 19,86) e Eletrobras (ELET3, -1,92%, R$ 6,64; ELET6, -2,0%, R$ 11,76).
Revisão abaixo do esperado
A Aneel reavaliou a nova base de remuneração líquida da Cemig, do 3° ciclo de revisão, para R$ 5,1 bilhões – valor bem abaixo dos R$ 6,71 bilhões divulgado no documento preliminar.
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A agência, contudo, ainda não disponibilizou os documentos que suportam esse número, mas os impactos na companhia devem ser significativos, disse a analista Beatriz Nantes, da casa de research Empiricus.
A Light seria a outra empresa com forte exposição a um potencial evento como esse, uma vez que sua revisão ocorre em novembro.