Quem são os trainees mais disputados por empresas brasileiras

Estudo da consultoria Seja Trainee traçou perfil dos finalistas de processos seletivos

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – Os programas de trainee costumam ser a principal porta de entrada de recém-formados em grandes empresas. Não à toa, seu processo seletivo se torna cada vez mais disputado e passar por ele é um verdadeiro desafio. Mas, afinal, o que as empresas buscam em seus candidatos?

Um estudo elaborado entre novembro de 2013 e fevereiro de 2014 pela consultoria Seja Trainee com 1.060 candidatos aos programas, dos quais 813 foram finalistas, detectou as principais características daqueles que se destacaram nas seleções.

Uma das características mais comuns identificadas pela pesquisa é o conhecimento em inglês. Mais de 98% dos finalistas possuem nível avançado ou fluência na língua. Também, 33% declararam ter nível avançado ou fluência em espanhol, 8% em francês e 5% em alemão.

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A maioria dos candidatos tem 24 anos, reside no estado de São Paulo e estuda em universidades públicas. Outro dado verificado no levantamento foi referente à área de formação desse trainee. Da base consultada, 49% vêm da área de Humanas, 47% de Exatas e 4% Biológicas.

Dos respondentes de Humanas, os cursos que predominaram foram Administração de Empresas, Relações Internacionais, Ciências Econômicas e Publicidade e Propaganda. Em Exatas, aparecem graduados em Engenharia de diversas especialidades como Produção, Química, Elétrica, Mecânica, Civil, Agrônoma, Ambiental e de Materiais. De Biológicas, apareceram graduados em Bioquímica e Ciências Biomédicas.

No levantamento, foi possível checar outras qualificações e experiências dos candidatos. Ter uma experiência no exterior, por exemplo, também é uma realidade para a maioria dos finalistas: 84% declararam ter visitado outro país. Para saber qual foi o tipo de experiência, 45% informaram ter morado fora do Brasil de 3 a 12 meses; 33% moraram no exterior até três meses; 15% residiram fora por mais de um ano e 15% cursaram faculdades em outros países.

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Já o tipo de experiência profissional desse candidato a trainee é bem diversificada: 61% participaram de estágio em empresa de grande porte; 54% fizeram estágio em pequena ou média empresa; 39% trabalharam como efetivo ou CLT e 9% atuaram em projetos de empreendedorismo ou startups.

O engajamento na faculdade foi outro indicador de experiência verificado. Mais de 37% apresentaram iniciação científica, 27% atuaram em empresa-júnior e 33% estiveram presentes em outros núcleos da faculdade.

O que eles buscam nas empresas
A pesquisa ainda mostra o que os jovens levam em consideração para participar de um programa de trainee em uma empresa. Quase 60% deles consideram a marca, a identificação com a cultura da companhia e a sua área de formação na hora de optar por programa de trainee. Outros motivos são: estrutura do programa (54%), segmento de atuação (47%), módulo internacional (32%) e remuneração (31%).

Quando pensam na sua jornada enquanto trainee, o que mais chama atenção são as oportunidades de desenvolvimento que os programas oferecem. Algumas das iniciativas mais valorizadas são o coaching (54%), os treinamentos (44%) e o job rotation (40%).

“Esses indicadores mostram o desafio de atração, tanto para a empresa, quanto para a consultoria de seleção, que deve identificar o candidato mais adequado à posição e que possui realmente motivação para trabalhar lá”, afirmou a gerente da Page Talent, Flávia Queiroz.