Ex-funcionária do Google nos EUA processa empresa por caso de assédio

Segundo ela, aconteceram algumas situações bem embaraçosas envolvendo discriminação de gênero 

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – Uma ex-engenheira da Google nos EUA entrou com uma ação judicial contra a empresa alegando “situações de assédio perturbadoras” – incluindo uma vez que encontrou um colega de trabalho escondido embaixo da sua mesa. Loretta Lee trabalhou na empresa durante 8 anos e foi demitida em 2016. Ela tinha 26 anos quando começou a trabalhar lá, segundo informações do Business Insider

Segundo ela, aconteceram algumas situações bem embaraçosas envolvendo discriminação de gênero e o comportamento inapropriado de seus colegas de trabalho. Ela destaca o caso do colega que estava embaixo de sua mesa. De acordo com o processo, ela estava longe de sua mesa e quando voltou encontrou o homem ajoelhado com as mãos no chão embaixo da sua mesa e ele afirmou: “Você nunca saberá o que eu estava fazendo”.

Lee conta que o homem era um colega de trabalho distante e ela temia que ele tivesse instalado uma câmera embaixo de sua mesa. O mesmo colega de trabalho aproximou-se dela no dia seguinte, a puxou pela corda do seu crachá e perguntou: “Como você se chama?” e ao fazer isso, tentou encostar no corpo da engenheira.

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Ela reportou o episódio, que aconteceu em janeiro de 2016, para o departamento de recursos humanos, e segundo ela, após ter acusado o homem, seu trabalho passou a ser criticado fortemente. À pedido do RH, ela tirou uma licença no mesmo mês e quando voltou foi demitida, em fevereiro do mesmo ano.

“Em um local de trabalho dominado por homens, ela foi freqüentemente submetida a assédio sexual por colegas que tinham comportamento inapropriado e que faziam observações obscenas sobre ela”, diz o processo.

Além dessa situação, ela cita que colegas do sexo masculino colocavam doses de uísque no seu café. Em outro momento afirma que em uma festa levou um tapa de um dos funcionários “de brincadeira”, e ainda que um dos colegas apareceu em seu apartamento com uma garrafa de bebida alegando que “a ajudaria a configurar o novo dispositivo”.

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O processo da engenheira diz ainda que ela fez um bom trabalho para a empresa e chegou a ganhar  competições internas de codificação. 

Lee acusa a empresa de ser “conivente com situações de abuso moral e sexual” e pede US$ 25 mil de indenização.

O Google afirmou ao site que “tem políticas sólidas contra o assédio no local de trabalho e revisa todas as queixas que recebem”. Sem comentar diretamente o processo em questão, a companhia afirma que sempre que encontra violações age o mais rápido possível.

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Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.