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SÃO PAULO – Apenas 3,5% dos produtores de conteúdo para YouTube farão dinheiro o suficiente na plataforma para conseguir sair da linha da pobreza, ao menos nos Estados Unidos. A descoberta é de uma pesquisa de Mathias Bärtl, da Universidade de Offenburg, na Alemanha.
Analisando dados ao longo de 10 anos, o estudioso descobriu que cerca de 85% de todas as visualizações do YouTube vão para apenas 3% dos canais existentes na plataforma. Além disso, canais mais antigos possuem probabilidade significativamente mais alta de ganhar número elevado de visualizações.
Chegar a esses 3% garante uma renda de publicidade de cerca de US$ 16.800 ao ano, ou quase R$ 55 mil em conversão direta. Esse valor fica apenas um pouco acima da linha da pobreza nos Estados Unidos, divulgada pelo Federal Reserve: ela termina em US$ 12.140 anuais, ou R$ 39 mil. Em comparação, a linha da pobreza do Banco Mundial é consideravelmente mais baixa (US$ 5,5 ao dia ou R$ 6,5 mil ao ano).
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O estudo não leva em consideração o valor arrecadado com patrocínios em vídeo e outros formatos de arrecadação com imagem, mas aponta que os canais de maior audiência possuem chances maiores de conseguir patrocinadores.
Ainda de acordo com a pesquisa alemã, a temática do conteúdo é relevante na probabilidade de chegar ao sucesso (o top 3%). Em 2016, conteúdo político ou noticioso foi o tipo que mais gerou probabilidade de sucesso a seus YouTubers, seguido de comédia; games; música e, por último, blogs ou pessoas.
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