Produção do iPhone X na China teve jornada de trabalho ilegal para estudantes

Tanto a Apple quanto a própria Foxconn se pronunciaram reconhecendo a jornada de trabalho irregular e dizendo que tomarão atitudes para solucionar a questão

Júlia Miozzo

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SÃO PAULO – Uma das principais fornecedoras da Apple para o iPhone X, a Foxconn, empregou estudantes de forma irregular para fabricar o novo smartphone da gigante em sua fábrica, na China.  

O jornal norte-americano Financial Times divulgou a informação nesta terça-feira (21), contando também que os estudantes, todos com idade entre 17 e 19 anos, denunciaram jornadas de trabalho de até 11 horas por dia. Eles alegam que a jornada exaustiva foi imposta por sua escola, a Zhengzhou Urban Rail Transit School, que impôs o trabalho na fábrica por um período de três meses como “experiêcia profissional”; as leis chinesas impede que estudantes trabalhem mais de 40 horas semanais.

Um dos estudantes envolvidos, de 18 anos, disse ao jornal que chegou a montar mais de 1.200 câmeras do iPhone X em um único dia. Ele pediu para não ser revelado.

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Tanto a Apple quanto a própria Foxconn se pronunciaram reconhecendo a jornada de trabalho irregular e dizendo que tomarão atitudes para solucionar a questão.

“Numa recente auditoria descobrimos que estudantes trabalhavam horas extras nma instalação de provedores na China. Os estudantes trabalharam voluntariamente, eram pagos e recebiam benefícios, mas não se deveria ter permitido que eles trabalhassem horas extras”, disse a Apple em comunicado. “A Apple se dedica a garantir que todos na nossa cadeira de fornecimento sejam tratados com a dignidiade e o respeito que merecem”, finalizou.

Desde que foi lançado, em setembro, o iPhone X gerou polêmica por ser o smartphone mais caro já lançado pela Apple: nos Estados Unidos, ele está à venda por US$ 999.