Geração Y está matando a estabilidade de carreira? Não é bem assim

Pesquisa mostra que a geração Baby Boomer tinha hábitos parecidos com a dos Millenials  

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – Pela sabedoria popular, a Geração Y, cujos integrantes mais novos possuem 17 anos agora, é “inquieta” a ponto de acabar com a ideia de busca por um emprego estável. Uma pesquisa publicada na última quinta-feira (24) pelo Bureau of Labor Statistics, do governo dos Estados Unidos, no entanto, mostrou que a realidade não mudou tanto assim.

Segundo a pesquisa, indivíduos nascidos entre 1957 e 1964 – parte da geração Baby Boom – também trocavam de emprego de maneira dinâmica no início da carreira.

Entre os 18 e os 50 anos, essas pessoas tiveram, em média, 11,9 empregos; e o mais impactante: metade desses cargos entraram no currículo antes dos 25 anos. Isso significa que, na idade que a Geração Y tem hoje, a geração de seus pais trocava de emprego, em média, uma vez a cada ano.

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Como essa pesquisa foi realizada durante 36 anos com cerca de 10.000 pessoas, não existem dados comparativos nessa amplitude para a geração Millenial, nascida entre 1982 e 2000, ou mesmo para a intermediária Geração X.

Descoberta recente do LinkedIn mostrou que a geração Millenial tende a mudar de emprego cerca de 4 vezes até os 32 anos – menos que a média publicada pelo governo dos EUA.

Em outra comparação, com pessoas de idades diferentes, a Gallup descobriu que 21% das pessoas da Geração Y trocou de emprego no último ano antes da publicação da pesquisa. Isso é mais de 3 vezes o número de pessoas de gerações diferentes que o fizeram.

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Segundo a empresa de pesquisa, 29% dos Millenials não se sente engajado com a empresa atual. Resta saber se isso significa mudanças de emprego com alta frequência durante todas as fases da vida profissional ou se a tendência é que encontrem seu lugar, assim como as gerações anteriores.

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney