Jeitinho brasileiro: motoristas do Uber criam ”frotas” semelhantes às de táxi

Proprietários estão alugando seus carros por R$ 500 a R$ 700 semanais em São Paulo e Rio de Janeiro

Júlia Miozzo

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SÃO PAULO – Tal como acontece com taxistas, motoristas do Uber estão organizando “minifrotas” em São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo informações do Estado de S. Paulo, os motoristas cadastrados no Uber já sublocam veículos, criam metas de rendimento e cobram lucros dos condutores parceiros. Tal como acontece entre os donos de alvarás e taxistas, no Uber a relação é entre o proprietário do carro e condutores parceiros.

Por permitir que um mesmo motorista cadastre um número ilimitado de carros e por não criar um vínculo trabalhista com os motoristas cadastrados, a Uber favorece esse esquema de frotas.

O aluguel cobrado pelos proprietários varia entre R$ 500 e R$ 700 semanais, com ou sem contrato, e alguns sites de classificados já listam a contratação de motoristas. Ainda segundo o Estadão, os terceirizados devem arcar com multas, combustível e avarias, ficando os impostos e a manutenção do carro por conta dos proprietários. Em alguns casos, o mesmo chega a cobrar 10% para conservação do veículo.

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Não existe, entretanto, um padrão: cada proprietário de carro que cria o esquema de frotas estabelece regras e custos diferentes. Já existem também os chamados profissionais “fantasmas”, em que alguns motoristas licenciados pela Uber terceirizam sua conta, mediante pagamento de taxa – também como um aluguel.

Por conta disso, especialistas de trânsito e Direito do Trabalho acreditam que o serviço do Uber deve ter uma queda na qualidade.