Está desempregado? Conheça dicas do Serasa para não sujar o nome

Serasa lança guia para ajudar brasileiros em um período de taxas de desemprego em alta

Paula Zogbi

(Wikimedia Commons)

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SÃO PAULO – Segundo uma pesquisa da Serasa, 47,63% das pessoas que procuraram suas agências de orientação no ano passado ficaram com o nome sujo após perderem empregos.

Para ajudar aqueles que não têm fonte de renda a limpar o nome e recomeçar a vida financeira e profissional, o órgão entrevistou 6273 consumidores brasileiros e elaborou um guia eletrônico gratuito com dicas específicas para todas as fases do período, que pode ser acessado neste link.

Confira algumas das dicas dos especialistas abaixo:

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1. Mantenha a calma

Segundo eles, o desespero só agrava o problema, e o desemprego costuma ser uma situação temporária. Se necessário, não hesite em buscar ajuda profissional.

2. Conte para todo mundo, mas não fale mal da empresa

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Esconder o desemprego de amigos e familiares não é uma boa ideia: essas pessoas podem ajudar tanto com apoio quanto com indicações de vagas.

Ao mesmo tempo, conversar com as pessoas não significa necessariamente extravasar e falar mal da empresa anterior: isso pode prejudicar oportunidades futuras, principalmente se acontecerem desabafos públicos nas redes sociais.

3. Faça contas e cortes

Encarar a situação de frente – saber quanto dinheiro tem disponível e a melhor forma de gastá-lo – é essencial nesse momento. Faça as contas da verba de rescisão, 13º e todos os direitos, mas não se empolgue com esse dinheiro: gaste sempre com sabedoria e apenas com custos fixos e com o essencial. Não há motivo para se envergonhar por negar um jantar ou cerveja com amigos.

Cortar itens é importante para qualquer um que passa por um período sem salário. Pense em cancelar a assinatura da TV a cabo, por exemplo. Não deixe de organizar todos os gastos em planilhas para ver o que realmente é essencial e o que pode ser otimizado. Diminua o consumo no que não puder ser cortado.

Também vale ir à pé ou de transporte público na hora de se locomover.

4. Não use cartão de crédito; pague à vista

Se não houver perspectiva de renda, não faça pagamentos que serão cobrados no futuro. Os juros do cartão de crédito estão entre os maiores do mercado, lembra a Serasa.

5. Saiba gerenciar as dívidas

– Anteriores ao desemprego: caso tenha dívidas antigas, contate os credores imediatamente para explicar a situação. Tente uma proposta de quitação com desconto, se possível.

– Seguro prestamista: algumas modalidades de financiamento oferecem este seguro, que garante a quitação em caso de desemprego involuntário, sem justa causa. “O prestamista normalmente é utilizado para cobrir empréstimos bancários, dívidas no cartão de crédito, prestações de consórcio e financiamento de bens – como automóveis, eletrodomésticos e imóveis –, além do empréstimo consignado com desconto em folha. Vale lembrar que, em caso de atrasados, não há cobertura”, explica o material da Serasa.

– Financiamentos: se não houver previsão de novo emprego e você estiver pagando um valor alto em prestação, como uma casa, por exemplo, o melhor a se fazer é passar esta dívida a diante, tentando recuperar o que já foi investido.

6. Faça dinheiro e tente poupar

Venda bens com liquidez, como um carro. Isso pode ajudar a arcar com gastos e aliviar despesas.

Este dinheiro deve ser gastado com responsabilidade: tente guardar o que for possível – isso vale para depois de ficar empregado novamente; sempre mantenha uma reserva.

7. Não faça mais dívidas

Ir atrás de empréstimos, por mais importante que possa parecer, não é uma boa ideia quando o novo emprego ainda não está firmado. Aguarde.

8. Para buscar um novo emprego: avalie seu desempenho

Repense os motivos pelos quais você foi demitido. Seu desempenho deixou a desejar? Como melhorar sua atuação no mercado e seu currículo? Identifique também seus pontos fracos – mesmo que sejam comportamentais.

9. Redesenhe a carreira e crie habilidades

A atualização é essencial para a recolocação. Entenda o que as empresas da sua área têm buscado em candidatos e redesenhe a própria carreira.

Pode ser também o momento de começar aulas gratuitas na sua área de atuação, em alguma de interesse ou em um novo idioma.

10. Atualize o currículo

Pesquise os materiais de recolocação dos profissionais da sua área para destacar os pontos fortes que sejam mais relevantes para a sua contratação.

11. Procure o tempo todo

É necessário pesquisar por empregos diariamente, para não deixar passar nenhuma oportunidade. É necessário ter paciência e empenho, pesquisando em todos os meios possíveis: sites de recolocação, redes sociais e jornais.

Mantenha também todos os contatos profissionais que tiver e, se possível, faça novos.

12. Seja flexível

Nem sempre o emprego dos sonhos vai aparecer. Esteja aberto a uma eventual mudança de cargo ou de área, principalmente se a empresa tiver a possibilidade de crescimento interno.

Também considere empregos em cidades vizinhas ou até mesmo uma mudança de endereço.

13. Considere o empreendedorismo

O desemprego pode ser uma oportunidade para abrir seu próprio negócio. Nesse caso, é necessário avaliar com muito cuidado e informar-se sobre todas as partes do mercado, correndo o menor risco possível de falência.

14. Mantenha-se informado

O jornal não serve apenas para pesquisar vagas. Leituras e informações sobre política, economia e outros assuntos, principalmente os de relevância para a sua área, não devem ser negligenciados neste período.

15. Procure “bicos”

Às vezes, as habilidades que você usa dentro de casa podem ser fontes de renda. Pinturas de parede, bijuterias, cozinha, pequenos consertos, vendas pontuais ou pesquisas podem ser algumas das maneiras de manter a atividade e conseguir algum dinheiro.

16. Seja voluntário

Ajudar instituições sociais e ONGs pode fazer bem para o corpo, alma e até currículo. Procure alguma de maior interesse e faça trabalhos sociais no tempo livre.

17. Exercite-se

Pagar a academia pode não ser possível, mas tente corridas e caminhadas, não deixe o corpo parado. Também há opções, em clubes e parques, de aulas gratuitas.

18. Não negligencie a vida social

Ligue para os amigos, leve seu filho na escola, vá a parques, praças: não é o momento de ficar dentro de casa sem ver pessoas queridas. Oportunidades podem aparecer.

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney