Surpresa: Jamaica é país com maior porcentagem de mulheres gerentes

Talvez surpreendentemente, a América do Sul é a região campeã das estatísticas, mas o Brasil está apenas em 31º lugar

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – A desigualdade de gênero é uma questão que está muito em voga atualmente, principalmente depois de o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) abordar a temática da violência contra as mulheres como assunto da sua redação. E o mercado de trabalho não fica de fora disso, com diferenças salariais e maior dificuldade de ascensão dentro das empresas, geradas pelo machismo às vezes quase invisível.

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), apenas 5% dos cargos de chefia e CEO de empresas são ocupados por mulheres mas até chegar aos cargos principais das empresas, existem outras posições de gestão e liderança. Um estudo recente da companhia de pesquisas Expert Market analisou os dados gerais dessas posições administrativas e descobriu quais são os países com mais oportunidades para mulheres neste sentido.

De acordo com Amanda Abella, responsável pela publicação, a ideia foi reunir informações de arquivos disponíveis publicamente para descobrir se realmente existe uma ausência de mulheres em posições de liderança. E o ranking surpreendeu pelos seus resultados.

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Os números mostram que o país com maior porcentagem de mulheres em posições administrativas é a Jamaica, com 59,3%; porcentagem relativamente próxima à do segundo colocado: a Colômbia, com 53,1%, que vem seguida de Santa Lúcia, no Caribe, com 52,3%. O Brasil está na 31ª posição, com 37,3% – as mulheres são 51% da população geral do país.

Já os lugares com mais desigualdade não espantaram tanto assim: a porcentagem mais baixa está no Paquistão, com 3%; seguido pela Argélia, 4,9% e pela Jordânia, 5,1%. Países do Oriente Médio, principalmente os que possuem o islamismo, são conhecidos por coibir o acesso à educação e ao trabalho por mulheres, o que naturalmente compromete estes resultados. Surpreenderam os resultados de países orientais como o Japão, com 11,1%, e a China, com 16,8%.

Ainda segundo Amanda, “na média, as mulheres contabilizam entre 30% e 40% das posições administrativas ao redor do mundo. Isso não é tão ruim considerando que não foi até recentemente que as mulheres começaram a realmente participar do mercado de trabalho de muitos dos países listados”. Resta saber se o fato de as mulheres estarem nas posições de gestão significa que eventualmente ocorrerá uma equiparação salarial e o reconhecimento de igualdade no momento de promover aos cargos de chefia.

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Veja os primeiros colocados em igualdade:

1. Jamaica (59,3%)

2. Colômbia (53,1%)

3. Santa Lucia (52,3%)

4. Filipinas (47,6%)

5. Panamá (47,4%)

6. Belarus (46,2%)

7. Letônia (45,7%)

8. Guatemala (44,8%)

9. Bahamas (44,4%)

10. Moldávia (44,1%)

E em desigualdade:

1. Paquistão (3%)

2. Argélia (4,9%)

3. Jordânia (5,1%)

4. Bangladesh (5,4%)

5. Qatar (6,8%)

6. Arábia Saudita (7,1%)

7. Líbano (8,4%)

8. Omã (9,3%)

9. Egito (9,7%)

10. Emirados Árabes Unidos (10%)

 

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney