Diretor de RH do Google dá 5 dicas para você conquistar o emprego dos sonhos

Laszlo Bock deu algumas dicas sobre o que o departamento de RH de grandes empresas - não só do Google - espera de um profissional

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – Quais são as características que os recrutadores buscam atualmente em profissionais? A resposta dependerá da empresa, do cargo ou de uma particularidade do recrutador, mas grande parte dela foi respondida pelo Diretor de RH (Recursos Humanos) da empresa mais concorrida pelos profissionais do mundo inteiro: o Google.

Em entrevista ao site do jornal The New York Times, Laszlo Bock deu algumas dicas sobre o que o departamento de RH de grandes empresas – não só do Google – espera de um profissional. Com base nas contratações para a gigante de tecnologia (que ultrapassam 100 pessoas por semana), veja como se destacar num processo seletivo:

Frequentar a faculdade não significa nada: segundo o executivo, muitos jovens de 18 a 22 anos entram na faculdade e se formam, mas não adquirem o conhecimento máximo que o curso oferece ou sabem, ao certo, se é essa carreira certa para sua vida profissional. Para ele, a decisão de investir em educação deve amadurecer e, só depois, fazer a melhor escolha. “É um enorme investimento de tempo, esforço e dinheiro, e as pessoas devem pensar bem no que elas estão recebendo em troca.”

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Não fuja de desafios: as empresas buscam profissionais determinados e com objetivos desafiadores, que não escolhem apenas o caminho mais fácil. Para exemplificar isso, Bock relatou ao jornal uma conversa com universitários que pensavam em mudar de curso porque estava muito difícil. “Eu os aconselhei dizendo que ser um estudante que tire B em Ciência da Computação é muito melhor que um estudando com A+ em Inglês, isso porque o grau de dificuldade no primeiro curso é bem maior e sua carga é muito mais desafiadora.”

Habilidade cognitiva é essencial: para o executivo, esta é a chave para o sucesso profissional. “É a capacidade de aprender e resolver novos problemas”, explicou. Nesse sentido, você não precisa ser o melhor em sua área de atuação, mas entender como os processos funcionam, pois só assim, você será capaz de pensar de uma forma lógica e estruturada para novos desafios.

Criatividade não basta: “os seres humanos são, por natureza, seres criativos. Mas não são naturalmente seres lógicos, com raciocínio estruturado”. Segundo Bock, equilibrar a criatividade com o pensamento lógico é a melhor habilidade que um profissional pode ter.

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Currículo atrativo: Bock conta que o currículo ideal é aquele que enquadra corretamente os pontos fortes do candidato. “Eu realizei X, ligado a Y, fazendo Z. A maioria das pessoas faria um currículo assim: ‘Escrevi editoriais para o The New York Times’. Mas o correto seria: ‘Tenho 50 artigos publicados, em comparação com uma média de seis dos outros comentaristas, e como resultado de fornecer reflexões profundas sobre tal área durante três anos’. Leve esse pensamento estruturado para a entrevista.”