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SÃO PAULO – Enquanto algumas áreas do mercado de trabalho brasileiro sofrem disputas cada vez mais acirradas entre profissionais, outras há quem tenha poder de barganha na hora de negociar um emprego. Segundo a empresa de recrutamento Page Personnel, um em cada quatro candidatos tem rejeitado propostas de emprego em processos seletivos. O motivo? A oferta de profissionais para algumas áreas está abaixo da demanda do mercado nacional.
“Com a falta de talentos no mercado, os candidatos perceberam que conquistaram um poder de negociação”, explicou o diretor geral da consultoria, Roberto Picino. “Hoje os profissionais tem um poder de barganha maior e isso tem impactado nas negociações entre candidatos e empresas.”
O estudo aponta que as áreas em que mais ocorre essa negociação são Tecnologia da Informação, Finanças e Engenharia. Já entre os cargo que profissionais estão rejeitando propostas são de Analistas e Coordenadores, nos quais os salários variam de R$ 4 mil a R$ 8 mil. “Temos acompanhado muitos processos onde o candidato tem desistido na reta final do processo. Isso acontece muitas vezes em decorrência das contrapropostas que esses profissionais recebem das companhias onde trabalham”, conta Picino.
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Cuidado ao rejeitar a proposta
De acordo com o especialista, é preciso ter muito cuidado ao declinar uma proposta em um processo seletivo, especialmente nas etapas finais. “Isso pode impactar diretamente na carreira do profissional.”
Na avaliação do executivo, quando alguém rejeita uma oferta de emprego, ele pode deixar de ser convidado para participar de futuros processos seletivos. “Outro aspecto que ele deve ponderar é em relação ao seu atual momento na companhia que atua. Têm de pesar sua trajetória e ver se realmente vale mesmo à pena aceitar uma proposta financeira mais vantajosa. Nem sempre é o que prevalece na carreira”, ensina.
