12 livros essenciais para 2017, segundo Stanford

Professores e ex-alunos da instituição escolheram obras de destaque  

Paula Zogbi

Publicidade

SÃO PAULO – Depois de Bill Gates e da Amazon, professores e ex-alunos da Escola de Graduação em Negócios de Stanford divulgaram uma lista com os livros de negócios que consideram essenciais para leitura em 2017.

Considerada uma das melhores escolas de graduação em negócios do mundo em 2017, a Stanford possui departamentos de contabilidade, e-commerce, economia, empreendedorismo, finanças, gestão geral, gestão de recursos humanos, liderança, manufatura e gestão de tecnologia, comportamento organizacional, gestão de portfólio, administração pública, políticas públicas, imóveis, negócios esportivos, gestão de cadeia de produção/logística, análise quantitativa/estatística e pesquisa operacional e, por fim, tecnologia.

São 12 títulos no total, que abrangem diversas temáticas em formatos teóricos, de autoajuda e biográficos. Confira a lista, em português quando os títulos já foram traduzidos:

Continua depois da publicidade

Empresas feitas para vencer – Good to Great, de Jim Collins

Recomendado por Hadley Ford (MBA ’91)

“Considerado um dos livros de negócios mais importantes de todos os tempos, se propõe a responder uma pergunta básica: como empresas boas, medianas e até ruins podem atingir a excelência e se tornar duradouras? Em quase 400 páginas, Jim Collins apresenta exemplos de companhias que conseguiram desafiar a lógica e saltar da mediocridade para uma superioridade sem precedentes. A obra vale para todo o profissional que quer entender um pouco mais sobre as áreas da gestão”.

 

The Hard Thing About Hard Things: Building a Business When There Are No Easy Answers, de Ben Horowitz

Recomendado por Joanna McFarland (MBA ’05) e Yi Wang (Stanford Ignite ’14)

“O livro, disponível apenas em inglês, é um dos best-sellers dos últimos anos. Ben Horowitz, seu autor, é especialista em lançar e gerenciar startups. Em seu texto, de maneira leve e bem-humorada, admite as dificuldades de construir uma organização e aborda as questões mais complexas desse processo, como demitir um amigo ou contratar um profissional de uma empresa concorrente. A obra é indicada a líderes empresariais em busca de diretrizes de gestão”.

 

Big Science: Ernest Lawrence and the Invention that Launched the Military-Industrial Complex, de Michael Hiltzik

Recomendado pelo reitor da Stanford GSB, Jonathan Levin

Vencedor do Prêmio Pulitzer e colaborador do Los Angeles Times, Hiltzik conta a história desconhecida de como a ciência se tornou grande, sendo capaz de construir bombas e tornar os governos dependentes de sua força. O autor mostra como as máquinas ganharam escala e fizeram as ambições crescer; e como a ciência foi capaz de criar armas nucleares, levar o homem a lua e examinar a natureza em partículas subatômicas. A história gira em torno de Ernest Orlando Lawrence, primeiro cientista a criar algo que revolucionaria o segmento.

 

Invisible Influence: The Hidden Forces that Shape Behavior, de Jonah Berger (PhD ’07 da GSB)

O autor best-seller do New York Times, explora as influências sutis e secretas que afetam as decisões que tomamos, desde as opções de produtos e serviços às carreiras que escolhemos. Segundo Berger, nossas escolhas estão muito menos relacionadas à nossa vontade própria do que pensamos. No livro, o especialista integra pesquisa e pensamento de negócios, psicologia e ciências sociais para explicar as sutilezas por trás de nossas escolhas como indivíduos.

 

The 10 Laws of Trust: Building the Bonds That Make a Business Great, de Joel C. Peterson, professor de Stanford

Confiança é a base para manter uma organização sólida. Sua presença é capaz de fazer pequenas empresas chegarem longe, ao mesmo tempo em que sua ausência pode derrubar gigantes. Em seu livro, Peterson, professor da Universidade de Stanford e presidente das linhas áreas JetBlue, detalha como estabelecer e manter uma cultura de confiança, apontando passo a passo para chegar lá. 

 

Lead and Disrupt: How to Solve the Innovator’s Dilemma, de Charles O’Reilly (professor de Stanford) e Michael Tushman

Nos últimos anos, diversas empresas bem conhecidas falharam, como Blockbuster, Kodak e RadioShack. Quando lemos sobre a extinção dessas companhias, muitas vezes, entendemos que o caminho era inevitável. Porém, um exame mais detalhado, revela uma verdade perturbadora: organizações de todos os tamanhos estão fechando mais rápido do que nunca. O que é preciso para evitar essa tendência? ambidexteridade. As empresas devem permanecer competitivas em seus principais mercados, ao mesmo tempo em que conquistam novos domínios.

 

Clay Water Brick: Finding Inspiration from Entrepreneurs Who Do the Most with the Least, de Jessica Jackley (ex-aluna de Stanford, formanda do MBA ’07)

A obra conta a história da própria autora, co-fundadora da Kiva, primeira plataforma de microcrédito on-line para trabalhadores pobres. Com lições aprendidas de empresas bem-sucedidas nos países menos desenvolvidos do mundo, Jessica Jackley motiva os leitores a apreciar mais profundamente o incrível potencial empreendedor que existe em cada ser humano neste planeta, especialmente neles próprios.

 

Originals – How Non-Conformists Move The World, de Adam Grant

Recomendado pelo Professor Jennifer Aaker

O autor do best-seller do New York Times examina como as pessoas podem impulsionar o progresso criativo, moral e organizacional e como os líderes podem encorajar a originalidade em suas organizações. Usando estudos e histórias sobre negócios, política, esportes e entretenimento, Grant explora como reconhecer uma boa ideia, conseguir aliados, escolher o momento certo para agir e gerenciar o medo e a dúvida.

 

The Language of Food: A Linguist Reads the Menu, de Dan Jurafsky

Recomendado pelo professor Glenn Carroll

A obra desvenda os mistérios dos alimentos que pensamos conhecer. Em treze capítulos, seu autor evoca a alegria de ler um menu com os olhos aguçados de um linguista. Jurafsky mostra os significados sutis escondidos em palavras como “rico” e “crispy”, e por trás de metáforas e storytellings que encontramos em reviews de restaurantes e pratos, e mesmo da embalagem dos produtos que consumimos. Envolvente e esclarecedor, o livro da luz a uma extraordinária rede de linguagem, história e comida.

 

The Fissured Workplace: Why Work Became So Bad for So Many and What Can Be Done to Improve It, de David Weil

Recomendado pelo professor Jens Hainmueller

Durante grande parte do século XX, empresas que empregavam muitos trabalhadores constituíram o alicerce da economia dos EUA. Hoje, na lista das prioridades dessas mesmas companhias, sustentar a relação empregador-empregado é uma das últimas prioridades. A análise inovadora de David Weil mostra porque as corporações perderam seu papel de empregadores diretos em favor da terceirização de trabalho e propõe maneiras de modernizar as políticas e leis reguladoras para que ambos os lados possam se beneficiar dessa estratégia inovadora.

 

Bad Science: Quacks, Hacks, and Big Pharma Flacks, de Ben Goldacre

Recomendado pelo professor Michal Kosinski

Alguma vez você já se perguntou como em um dia a mídia diz que o álcool é ruim e, semanas mais tarde, publica novos textos sobre os benefícios de seu consumo diário? Ou como afirma que uma droga é retirada do mercado por causar ataques cardíacos, sendo que ela nunca havia sido aprovada? No livro “Bad Science”, Goldacre tenta trazer para leitores leigos uma maneira de identificar o conteúdo proveitoso daquele que não faz nenhum sentido. O autor ensina a avaliar os efeitos placebo, estudos dúbios e tamanhos de amostras estudadas, para que qualquer pessoa possa reconhecer a má ciência quando a encontra.

 

All the Devils Are Here: The Hidden History of the Financial Crisis, de Bethany McLean e Joe Nocera

Recomendado pelo professor Maureen McNichols

Quando a crise financeira entrou em erupção nos Estados Unidos, começou a caça as bruxas. A culpa deveria cair em quem? De acordo com Bethany McLean e Joe Nocera, dois dos jornalistas de negócios mais respeitados do segmento, a resposta real é: na maioria das pessoas. A obra explora as motivações de todos, desde CEOs famosos, políticos a credores anônimos, analistas e comerciantes de Wall Street. Em uma análise profunda, os autores mostram que a crise não era em última instância sobre finanças; era sobre a natureza humana.

Tópicos relacionados

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney