Brookfield desconhece alta de 19% da ação; saída da Bolsa faria sentido, diz banco

Rumores de que a companhia pode fechar o capital impulsionaram os papéis da construtora no último pregão

Leonardo Silva

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SÃO PAULO – A disparada de 18,92% das ações da Brookfield Incorporações (BISA3) na última quinta-feira (23) deu o que falar no mercado. Os rumores de que a companhia pode vir a fechar seu capital e sair foram o principal “gatilho” para a forte alta vista no pregão anterior. Embora a empresa tenha dito que desconhece o motivo dessa valorização, analistas de mercado consideram a possibilidade de sair da Bovespa interessante para a construtora.

Em comunicado enviado ao mercado após pedido de esclarecimento da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a Brookfield limitou-se a dizer que “não tem conhecimento de nenhum fato que justifique tais oscilações”. Além da forte alta, os papéis BISA3 movimentaram R$ 54,2 milhões, mais de 5 vezes a média diária dos últimos 21 pregões.

Em relatório, a equipe de análise do Credit Suisse acredita que uma deslistagem da empresa, que já foi especulada no passado, é um cenário possível e faz mais sentido atualmente, já que os papéis da companhia recuaram cerca de 65% desde o início de 2013. Além disso, as ações, embora tenham saltado para R$ 1,32 na sessão anterior, ainda estão relativamente próximas da sua mínima histórica de R$ 0,98, alcançada em 11 de dezembro do ano passado.

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“Considerando o atual valor pressionado das ações (0,3 vezes o preço sobre valor patrimonial), parcialmente devido à percepção de risco ligado a uma reestruturação do balanço, uma potencial deslistagem (se confirmada), pode ser benéfica para acionistas, mas não foi confirmada pela companhia”, afirmaram os analistas Nicole Hirakawa, Luis Stacchini e Vanessa Quiroga.

A Brookfield vem acumulando uma série de prejuízos nos últimos trimestres, com o cancelamento de projetos e revisão de orçamentos. No terceiro trimestre de 2013, a empresa teve prejuízo de R$ 53,2 milhões.

(com Reuters)