Drones da Alibaba voam sobre Pequim e Amazon pede para fazer testes nos EUA

Caso os voos tenham sucesso e não sejam contestados pelas autoridades, o incipiente setor de drones comerciais receberia impulso na China

Bloomberg

(Shutterstock)

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A Alibaba Group Holding Ltd. está realizando seus primeiros testes de entregas com drones na China, ao passo que sua rival no comércio eletrônico, a Amazon.com Inc., tem problemas para começar um programa similar nos EUA.

A maior empresa de internet da Ásia formará uma parceria com a Shanghai YTO Express Logistics Co. para entregar caixas de chá de gengibre a 450 clientes chineses que se ofereceram como voluntários para os testes únicos com drones, segundo uma declaração da Alibaba enviada por e-mail. Espera-se que helicópteros controlados a distância distribuam 50 encomendas da Taobao Marketplace da Alibaba em Pequim hoje, antes de passarem para Xangai e Guangzhou.

Caso os voos tenham sucesso e não sejam contestados pelas autoridades, o incipiente setor de drones comerciais receberia impulso na China, onde as Forças Armadas alocam somente um quinto do espaço aéreo do país para uso civil. A Amazon – a maior varejista de internet por vendas – começou a testar entregas remotas no exterior depois de pedir à Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) que acelerasse a aprovação de testes com drones no estado de Washington.

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“A China ainda se encontra na fase inicial de estabelecimento de regulamentações para o uso comercial de drones, muitas áreas ainda estão completamente vazias”, disse Zhang Qihuai, advogado da Lanpeng Law Firm, com sede em Pequim, em entrevista por telefone. “Regulamentações fundamentais quanto à altitude de voo e à responsabilidade por acidentes ainda não foram estabelecidas. Ainda falta muito para que realmente um drone possa ser usado de forma comercial na China”.

A Alibaba e a YTO disseram que notificaram as autoridades de aviação da China dos voos, conforme exige a regulamentação, e que acreditavam que as entregas respeitassem todas as regras existentes.

Pilotos licenciados
Esperava-se que pelo menos um dos drones voasse do armazém da YTO nos subúrbios a leste de Pequim e chegasse ao China World Trade Center, de 330 metros de altura, em menos de uma hora. Um entregador esperará a chegada da encomenda no térreo e a levará ao cliente, disse Jia Yun, porta-voz da Taobao, em entrevista por telefone de Pequim.

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Em 2009, a Administração de Aviação Civil da China emitiu regulamentações que exigem que os operadores de drones sejam identificados quando pedirem permissão para utilizar tais dispositivos, segundo uma publicação no site da agência. Os reguladores chineses estão considerando exigir licenças aos operadores de drones, medida que a FAA também está discutindo no caso dos voos comerciais não tripulados.

A YTO não tem planos específicos para promover drones a maior escala e muitos problemas devem ser abordados antes, disse Ren Xue, porta-voz da empresa com sede em Xangai.

Casa Branca
Medidas dos EUA para restringir os drones comerciais têm frustrado os planos da Amazon de transportar pacotes ligeiros por via aérea até os clientes em 30 minutos ou menos. A utilização de drones nos EUA sofreu outro revés no mês passado, quando um operador perdeu controle de um quadricóptero construído pela SZ DJI Technology Co. e o aparelho caiu nos jardins da Casa Branca, segundo o Serviço Secreto.

Depois, o presidente dos EUA, Barack Obama, enfatizou a importância de ter regras para garantir a segurança dos drones.

A SZ DJI, com sede em Shenzhen, China, responde por mais de metade dos mini drones vendidos no mundo, informou o jornal oficial Nanfang Daily ontem. Xua não quis dizer que empresa fabricou os drones utilizados nos voos da Alibaba.