Sem alternativas, bolsas do Oriente Médio despencam junto com o petróleo

Tentativa de diversificação foi pautada em apostas no setor imobiliário; escolha de má sorte na crise do subprime

Rodolfo Cirne Amstalden

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SÃO PAULO – A queda do petróleo alcança a bolsa brasileira via Petrobras, gerando frustrações com os papéis ordinários (PETR3) e preferenciais (PETR4) da estatal. Porém, às vezes é possível encontrar algum consolo em outras 64 componentes do Ibovespa.

No Oriente Médio, não há consolo. Depois de um ciclo formidável nos últimos quatro anos, as ações das bolsas de Abu Dhabi, Arábia Saudita e Dubai estão despencando junto com os preços do barril de óleo bruto. O índice MSCI GCC, com 115 empresas do Golfo, acumula perdas de 57% em 2008.

Mesmo assim, analistas da região não percebem ainda o fundo do poço. Sobram recomendações de venda, dada a perspectiva de baixa demanda energética em tempos de desaquecimento da economia global. Além disso, o setor imobiliário não ajuda.

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Pior que o petróleo

Muitas das tentativas de diversificação frente ao petróleo pautaram-se em apostas no setor imobiliário com incentivo governamental. Má sorte na escolha. A crise atual roubou boa parte do encanto dos megaedifícios do Oriente Médio, dado o estouro da bolha por lá também.

Como reflexo, a Arabtec Holding, construtora responsável pela maior torre do mundo, situada em Dubai, vê suas ações caírem mais de 40% somente em novembro. Com isso, os papéis são negociados a menos de duas vezes o lucro.