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Três lições de Diego Hypólito para você carregar para a vida inteira

Disciplina e superação automaticamente geram apoio e conquistas? Não. A história de Diego mostra que a persistência ainda é o fator mais relevante.
Por  Silvio Celestino
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Disciplina e superação automaticamente geram apoio e conquistas? Não. A história de Diego mostra que a persistência ainda é o fator mais relevante.

Um grande problema ocorre com a pessoa que imagina que o caminho para o sucesso será uma linha reta, ascendente e sem percalços. Quando as primeiras quedas acontecem, acha que algo está errado e que isso não poderia ter ocorrido, bem naquele momento. Com a sequência de quedas, acaba por se deixar levar pela tristeza, pela frustração e pelo insucesso.

A causa disso está em não ter um plano para quando as coisas dão errado. Por mais indesejáveis que sejam nossos percalços, precisamos imaginar o tempo todo o que pode dar errado, como evitá-lo e o que faremos, se, ainda assim, acontecer.

Portanto, a solução passa por disciplina e apoio em toda a nossa trajetória, mas também por um plano para quando as coisas não acontecerem como sonhamos.

Quedas e redenção

Vejamos a história de nosso medalhista olímpico.

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Anos de treino e de preparo fizeram Diego Hypólito chegar à Olimpíada de Pequim, em 2008, com muita confiança de que conquistaria a medalha de ouro. Mas, em suas próprias palavras: “Caí de bunda em Pequim.”

Então, era o momento de ter disciplina: mais treino, mais superação, mais sacrifícios…

Quatro anos mais tarde, lá estava ele, dessa vez em Londres. Agora, para se recuperar da queda de Pequim. Na verdade, dessa vez a queda foi ainda pior. Diz ele sobre o episódio: “Caí de cara e me senti humilhado.”

Esse foi o momento de apoio, certo? Bem… não para Hypólito, ele foi mandado embora do Flamengo.

Momento de superação agora? Ainda não! Primeiro uma depressão, que, segundo sua mãe, foi causada pela distância que teve de suportar da família e dos amigos: sua irmã, Daniela, fora para Curitiba; família e amigos ficaram no Rio; ele veio para São Bernardo do Campo.

Sua mãe veio em socorro. Quem mais?

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Foi então que ele percebeu, após oito dias de remédios, que “tinha objetivos e que iria lutar por eles”. Suspendeu os remédios e voltou à rotina dos treinos.

Agora, finalmente ele conseguiu o apoio? Ainda não, ficou na reserva da seleção de ginástica. Mas, ainda assim, no campeonato mundial, conquistou a medalha de bronze.

Observe, portanto, que seria bom que disciplina e superação automaticamente nos gerassem apoio e conquistas. Mas não é assim que acontece. Como mostra a história de Diego, a persistência ainda é o fator mais relevante de todos.

Ele poderia ter desistido em muitos momentos dessa trajetória. Não o fez. Por quê? Porque tinha um objetivo.

Qual é o seu objetivo?

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Nesse segundo domingo de agosto de 2016, Dia dos Pais, a imagem de angústia de Diego aguardando os juízes dar sua nota final da etapa do solo na Olimpíada do Rio condensava em um instante toda essa trajetória de perseverança, quedas, recuperação e a busca de um objetivo. A mesma imagem se prolongaria até a realização de que chegara ao tão sonhado pódio.

A medalha de prata olímpica – e de ouro em superação – fizeram jus a esse excepcional atleta. Seria uma enorme injustiça não mencionar aqui Artur Nory, outro brasileiro que, cansado de ser quarto lugar nas competições, resolveu arriscar uma série mais difícil de exercícios e conquistou o bronze na mesma prova de Diego.

Diante dessa história, vamos resumir qual é o plano que você deve ter:

1. Tenha um objetivo elevado. Não pense pequeno, quando o assunto for sua vida e carreira. Assim como um atleta olímpico, queira a medalha de ouro para você.

2. Saiba que todos nós podemos nos desenvolver sozinhos, mas isso leva muito mais tempo, e o resultado é incerto. Portanto, assim que for possível, encontre um mentor, conselheiro ou coach que possa ensinar-lhe os melhores métodos para desenvolver-se. Não aceite menos que isso.

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Procure o apoio daqueles que desejam o mesmo que você e que, portanto, rejeitam o mesmo que você: se quer ser o campeão olímpico, afaste-se daqueles que só desejam ganhar o torneio do bairro.

3. E, por último, tenha um plano para quando o fracasso ocorrer, ele faz parte do seu preparo para a vitória. Para desenhá-lo, faça o seguinte: conte quantas quedas você tem. Some um. O resultado é o número de vezes que você terá de se levantar. Esse é o plano.

Em síntese: nunca, nunca, nunca desista!

Parabéns, Diego, que você seja uma inspiração para muitos!

Vamos em frente!

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Silvio Celestino É coach de gerentes, diretores e CEOs desde 2002. Também atende a executivos que desejam assumir esses cargos. Possui certificação e experiência internacional em coaching. Foi executivo sênior de empresas nacionais e multinacionais na área de Tecnologia da Informação. Empreendedor desde 1994.

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