Bovespa fará vários bilionários em 15 anos, diz autor de livro sobre melhores investidores

Florian Bartunek, coautor do livro Fora da Curva, acredita que a Bovespa chegou ao fundo do poço no início deste ano e que no longo prazo vai enriquecer muita gente no Brasil

João Sandrini

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(SÃO PAULO) – O mundo das gestoras de fundos de investimento até parece ser muito pulverizado – no Brasil há quase 500 empresas de asset management. Mas olhando bem de perto se percebe que, na verdade, é bem concentrado. Nos bairros do Itaim e da Vila Olímpia, em São Paulo, e no Leblon, no Rio de Janeiro, há centenas de gestoras – e esse pessoal troca muita informação. Os gestores de fundos falam da economia e da política em almoços ou jantares, participam dos mesmos eventos, contam uns aos outros as posições que estão montando, compartilham informações apuradas, encomendam pesquisas em conjunto para ratear os custos e debatem erros e aprendizados. É quase como um clube onde os sócios convivem há muito tempo.

Se nesse clube houvesse uma eleição para presidente em que todos os sócios pudessem votar, um forte candidato a vencer o pleito seria Florian Bartunek. Não tão conhecido do grande público, Bartunek é um dos gestores mais bem relacionados do Brasil. Ele é o boa praça: conversa com todo mundo, participa de eventos, promove a indústria de fundos e ainda participa de organizações de cunho social ou artístico, como a Fundação Estudar e o Masp. Começou muito cedo no mercado e, aos 25 anos, virou sócio do banco Pactual. Em 2002, fundou a Constellation, uma gestora de fundos de ações com R$ 2,5 bilhões em patrimônio que tem, entre seus sócios minoritários, Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do Brasil.

Com um networking privilegiado, não foi difícil para Florian promover dois ciclos de debates com os maiores gestores de fundos do Brasil na Casa do Saber, em São Paulo. O passo seguinte foi reunir essas histórias no livro Fora da Curva, escrito em conjunto com Giuliana Napolitano, editora da revista Exame, e o advogado Pierre Moreau, um dos fundadores da Casa do Saber. Lançado neste mês, o livro conta a história e a filosofia de investimentos de alguns dos maiores investidores do Brasil, como Luis Stuhlberger (da Verde), André Jakurski (JGP), Guilherme Affonso Ferreira (Teorema), José Carlos Reis de Magalhães Neto (Tarpon) e Pedro Damasceno (Dynamo).

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Em entrevista ao InfoMoney, Florian disse acreditar que a Bovespa bateu no fundo do poço no início deste ano e que agora começou um ciclo melhor na economia, na política e para as empresas. A retomada, segundo ele, não será rápida porque o Brasil tem um governo bem-intencionado, porém, fraco. “Tem uma base forte, mas não tem o apoio da sociedade porque não foi eleito”, diz. Florian se mantém defensivo no portfólio de ações da Constellation, mas diz confiar o suficiente na retomada para incluir na carteira papéis com volatilidade mais elevada, como Itaú, BM&FBovespa, Eztec e Petrobras. Já no longo prazo, ele aposta que a Bolsa dará muitas alegrias aos investidores. “A maior estabilidade econômica deve beneficiar muito a Bolsa e daqui a 15 anos haverá vários bilionários cuja principal atividade é comprar participações minoritárias em empresas da Bovespa”, diz. Leia a seguir os principais trechos da entrevista:

InfoMoney – Qual é a principal lição do livro?

Bartunek – É um livro para ajudar as pessoas que têm pouca noção do mercado financeiro e os investidores que não são profissionais. Um ponto bem interessante é que mostra a quantidade de trabalho que dá fazer bons investimentos. E mesmo fazendo um monte de trabalho o índice de acerto nunca vai ser de 100%. Poderá ser de 70%, 60%, 51% ou até menos. É um aprendizado continuado porque o mercado é muito complexo. Fica claro que o mercado não é tão glamoroso quanto mostram filmes como Wall Street, O Lobo de Wall Street e outros. É uma profissão como qualquer outra, que requer estudo permanente, dedicação e competência.

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Livro Fora da Curva

InfoMoney – O Luis Stuhlberger, do fundo Verde, é considerado por muitos o melhor gestor de fundos do Brasil. No livro, há um ponto bem curioso que é o fato de ele sempre comprar “seguros baratos” para se proteger de coisas que ninguém espera que aconteçam. Na crise da Ásia de 1997, por exemplo, ele nem achava que o dólar iria disparar no curto prazo, mas, como planejava sair de férias, montou uma posição que lucraria com uma possível alta da moeda americana. Dias depois recebeu em Foz do Iguaçu a notícia de que estava ganhando muito dinheiro com o dólar. Depois deu outra grande tacada comprando opções do Banco do Brasil bem fora do dinheiro que ninguém queria, mas que tinham uma data de exercício longa. Esse investimento lhe rendeu um lucro de 70 vezes. Você acha que essa estratégia de comprar o “pozinho”, as opções bem fora do dinheiro, os “seguros baratos”, é uma boa para pequenos investidores?

Bartunek – Acho que essa é uma estratégia sofisticada porque envolve derivativos. É uma estratégia contraintuitiva porque o mercado inteiro acha uma coisa e você vai lá e faz o oposto ao consenso. E é uma estratégia em que na maioria dos casos você vai perder um pouco de dinheiro. Essas opções são baratas porque ninguém quer. Então você tem que entrar com aquela filosofia de que vai perder dinheiro na maioria das vezes, porém, em um ou outro momento é essa posição que vai lhe salvar quando o inesperado acontecer. Tem que lembrar que não dá para comprar o pozinho de vez em quando. Vai ter que comprar sempre porque você não sabe quando o inesperado vai acontecer. E o ganho da operação lucrativa precisa ser maior que todas as perdas com as opções que virarem pó. É algo que o Stuhlberger faz, mas acho difícil o investidor médio fazer, principalmente pelo componente psicológico, pelas perdas constantes de dinheiro.

InfoMoney – Outro ponto bem interessante do livro está no depoimento do fundador da incorporadora Tecnisa, Meyer Joseph Nigri. Ele diz que, devido aos juros altos brasileiros, não gosta de investir o próprio dinheiro em imóveis. Melhor alternativa, segundo ele, seria investir o dinheiro em títulos de renda fixa atrelados ao mercado imobiliário, como LCI e CRI, que, em 2015, garantiram um retorno de até 20% ao ano. É curioso ver como o brasileiro adora imóveis como investimento, mas um dos empresários que mais constrói imóveis no país veja isso como má ideia, não acha?

Bartunek – Quando um investidor se especializa em um ativo, é curioso como geralmente ele vai ter isso sempre na carteira. O investidor de Bolsa sempre vai ter ações – faça isso sentido ou não. O cara de private equity vai estar sempre procurando empresas para comprar. O investidor de imóveis também vai estar sempre à caça de propriedades. O cara da renda fixa sempre vai receber juros. Para quem já tem martelo todo problema é prego. Quando o Nigri fala isso no depoimento dele eu acho que mostra uma visão mais desapegada. Ele se abstrai da figura de incorporador para dar um bom conselho ao investidor. O Nigri reconhece a característica cíclica do mercado de imóveis. No mercado imobiliário o ciclo econômico é brutal. A pessoa física tem que tomar cuidado nos ciclos ruins. E aproveitar as oportunidades contraintuitivas que possam surgir para comprar barato, tentando encontrar os pontos mais baixos do ciclo. Um erro muito comum de pequenos investidores é comprar no topo histórico, quando a maior parte do potencial de alta já ficou para trás.

InfoMoney – A Bolsa brasileira também é muito cíclica, assim como o mercado imobiliário. Nos últimos 35 anos, o Ibovespa teve apenas três grandes ciclos de alta e três grandes ciclos de baixa. O sr. acha que na Bolsa o ideal para o investidor também seria tentar ficar de fora das ações nos ciclos ruins e voltar no início dos ciclos bons?

Bartunek – Sem dúvida. Só acho que na Bolsa é mais difícil acertar quando o mercado atingiu o fundo do poço e quando bateu no topo. Hoje você acha que é para comprar ou vender? É difícil, né? Se em 2017 a Bolsa tiver dobrado de valor porque o governo Temer aprovou um monte de reformas, o dólar cair e os juros despencaram, vai ficar óbvio que era para ter entrado na Bols agora. Analisar pelo retrovisor é muito fácil. Em fevereiro a bolsa atingiu o fundo porque o petróleo estava no chão, não havia ainda perspectiva de impeachment da Dilma, havia o temor de a China quebrar e a Bolsa americana estava numa fase ruim. Naquele momento era muito difícil prever a rápida recuperação que depois aconteceu. Então é muito difícil operar o ciclo. Já no mercado de imóveis o ciclo é um pouco mais evidente. E a taxa de mortalidade do imóvel é menor. Se você tem um bom imóvel na av. Faria Lima, ele vai atrair locatários por muito tempo mesmo que às vezes fique vago. Já as empresas, mesmo as boas, quebram. Algumas das melhores empresas de 20 anos atrás sumiram da Bovespa.

InfoMoney – O sr. acha que a Bolsa bateu no fundo do poço em fevereiro e entrou em tendência de alta?

Bartunek – Acho que o país bateu no fundo do ponto de vista político, econômico e de lucros. Mas ainda há muitas restrições para o crescimento. As empresas estão endividadas. O desemprego ainda vai aumentar um pouco. Os benefícios da alta da Bolsa e da queda do dólar ainda são sentidos apenas no andar de cima. Mas no térreo a renda real não está aumentando. Já politicamente não mudou só o presidente. Mudou a forma de ver o país. A Petrobras melhorou. A Eletrobras melhorou. As parcerias em infraestrutura vão ser retomadas. Em relação aos lucros das empresas, acredito que provavelmente vamos chegar ao fundo do poço neste terceiro trimestre porque a economia vai começar a melhorar na margem. Se os lucros melhorarem, a Bolsa melhora. Então acho que a Bolsa fez o piso no início do ano, sim. Os juros e a inflação estão caindo. E juro cadente é bom para a Bolsa. Não acho que vai ser uma porrada porque vai ter muito ruído na aprovação das reformas. É um governo bem-intencionado, mas fraco. Tem uma base forte, mas não tem o apoio da sociedade porque não foi eleito. Acho que vão acertar mais que errar.

InfoMoney – Qual é a principal posição dos fundos de ações da Constellation?

Bartunek – A gente sempre pensa em portfólio. Temos Ultrapar e RaiaDrogasil que são defensivas. E temos BM&FBovespa e Itaú que têm beta elevado [volatilidade alta]. O fato de eu ter as posições defensivas me deixam mais confortável de ter outras com beta. Temos Fleury que vai muito bem ao longo do tempo, mas não vai triplicar de preço. E temos Eztec que pode dobrar se o ciclo imobiliário melhorar e se os estoques em São Paulo forem absorvidos. Temos CCR e shoppings que se valorizam se os juros caírem. E temos ABInbev [controladora da AmBev] que não tem nada a ver com juros no Brasil. Temos um pouco de Ambev também. Temos vários cavalinhos e cada um tem sua dinâmica. Se não tiver reformas, o portfólio aguenta. Se tiver, ganhamos dinheiro. Então gosto de ter um portfólio balanceado, sem coisas muito agressivas que precisam que o Brasil dê muito certo. Ainda que uma Usiminas ou uma Gol estejam entre as maiores altas deste ano, a gente ainda prefere ficar um pouco mais cauteloso. Se você compra Usiminas e sai um dado ruim na China, sua posição cai 10% e você fica sem saber o que fazer.

InfoMoney – No livro você defende a compra de empresas de qualidade, em setores com elevada barreira de entrada, que tenham controladores confiáveis e cujas ações estejam baratas. No dia a dia você segue à risca e só compra uma ação quando identifica tudo isso?

Bartunek – O tempo todo. E não é por ideologia, religião nem frescura. Se estou num negócio em que tenho dúvidas se é bom, vou ficar tentado a vender assim que bater a volatilidade e eu começar a perder dinheiro. Imagine que eu compre ações de uma empresa envolvida na Lava Jato. Sai a notícia da prisão do presidente da empresa. A ação vai começar a cair sem parar e eu vou ficar naquele desespero de vender ou não vender. Quando você compra uma empresa de qualidade, é mais fácil porque esse tipo de dilema não acontece. Pense num casamento. Você não quer casar com a menina mais ousada de seu círculo social mesmo que ela seja atraente, não é mesmo? Porque se você não casar com uma moça confiável, sabe que a gestão do casamento vai acabar sendo muito difícil. Eventualmente eu posso ser atraído pelo preço da Usiminas. Mas são tantas variáveis que não estão sob meu controle, como a economia da China ou o preço do aço, que eu prefiro resistir a essa tentação. Para ganhar muito dinheiro com uma ação, é preciso ficar muito tempo com ela. E só dá para casar com empresa de qualidade.

InfoMoney – O sr. acha que a Petrobras poderia ser uma ação que hoje passa nos seus filtros?

Bartunek – Por muitos anos não tivemos Petrobras. Mas compramos recentemente. Na mão do Pedro Parente [o presidente da estatal], acredito que não vai quebrar. É verdade que tem riscos alheios à companhia como o câmbio e o preço do petróleo. É um papel que pode cair 80% ou 90% do topo histórico. O que acho que é novidade é a política do governo de resolver os problemas da companhia. A Petrobras não chegou aonde está só por roubalheira. Ela chegou lá por má gestão financeira, por tomar muita dívida para entrar em projetos pouco rentáveis, por tomar muita dívida em dólar. Agora está consertando.

InfoMoney – No InfoMoney a gente tem uma grande interação com os pequenos investidores da Bolsa, seja por e-mail, comentários de matérias, webinários, etc. Ali vejo que muita gente fica sonhando em dar uma grande tacada para ficar rico rápido na Bolsa, seja com a ação de uma microcap ou uma opção. Qual conselho o sr. daria a essas pessoas?

Bartunek – Acho que não existe um caminho único para ficar rico na Bolsa. Mas é importante lembrar que as grandes fortunas foram construídas com a compra de uma boa quantidade de ações de uma única empresa e que daí esses papéis foram mantidos por muito tempo. No livro tem a história do Guilherme Affonso Ferreira, que ganhou muito dinheiro fazendo isso com ações do Unibanco. O duro é acertar qual será a empresa que vai multiplicar muitas vezes de valor nos próximos anos. Mais difícil ainda é fazer isso sem correr grandes riscos. Imagine só por hipótese que o CDI permaneça em 14% nos próximos 30 anos. No período você vai ganhar 4.900% com baixíssimo risco. Quando você fica tentando achar uma ação extremamente desvalorizada que vai se recuperar e coloca todo seu dinheiro nisso, pode perder 50% num ano. Aí para recuperar essa perda fica muito difícil. Agora cada um deve procurar o seu negócio. Se a pessoa tem R$ 15.000 e coloca tudo em ações da Usiminas, eu não critico ela. O cara só tem que pensar se vai conseguir fazer isso consistentemente por 20 anos. Porque sempre tem que lembrar que tem gente que já foi bilionário ou milionário e não é mais. Tem que ter stop loss. Tem que ter controle de risco. E não pode se apaixonar pela Usiminas, né? Há alguns anos a Vale era o papel que um monte de gente dizia que iria segurar para sempre na carteira. As coisas mudam, né? A vigilância constante é fundamental.

InfoMoney – A falta de consistência é uma das explicações para termos tão poucos bilionários que construíram suas fortunas comprando participações minoritárias na Bolsa? Hoje até temos nomes como o Lirio Parisotto, o Luiz Barsi, o Guilherme Affonso Ferreira e Luiz Alves Paes de Barros que eu nem sei se chegaram ou ainda são bilionários após tantos anos ruins na Bovespa. Mas é muito pouca gente que fez fortunas na Bolsa, né?

Bartunek – Há muitos bilionários na Bovespa, mas são os donos dos negócios. Os acionistas minoritários bilionários são raros porque não há tradição de investimentos em ações. Geralmente quem chegou a bilionário hoje já é mais velho porque começou há muitas décadas e foi ganhando um pouco por mês até chegar ao bilhão. E esses caras são os expoentes, eles são os Neymars da Bolsa. Porque tinha muita gente que lá atrás ficou na dúvida se comprava o Bradesco ou o banco Nacional, comprou Nacional e daí quebrou. Só as histórias da nata ganham notoriedade. Mas tenho confiança no longo prazo. A maior estabilidade econômica deve beneficiar muito a Bolsa e daqui a 15 anos haverá vários bilionários cuja principal atividade é comprar participações minoritárias em empresas da Bovespa

InfoMoney – No lançamento do livro no Insper, em São Paulo, o sr. disse que é mais fácil investir em empresas de boa governança nos EUA porque lá há umas 2.000 companhias éticas na Bolsa. Aqui seriam umas 10 ou 20. O sr. acredita que, com a prisão de políticos e donos de grandes empresas que estamos vendo, isso tende a melhorar?

Bartunek – Sendo mais justo, acho que deve ter umas 100 empresas éticas na Bolsa. Mas acho que o empresário brasileiro está percebendo que malandro que é malandro é honesto por malandragem. Porque a empresa que faz tudo direitinho é mais valorizada na Bolsa. Então quando o empresário quiser fazer uma aquisição e pagar com ações, na prática vai pagar menos. Vale a pena agir com honestidade porque isso é bom para todos os acionistas.

InfoMoney – No prefácio do livro, Jorge Paulo Lemann, o brasileiro mais rico da atualidade, dá conselhos a jovens e, em minha opinião, incentiva eles a tomar riscos. Ele escreve: “Estude, trabalhe duro, fique cercado de gente boa, treine e corra riscos.” Outra frase é: “Sempre acreditei que o bom investidor não é o que foge do risco, mas o que sabe arriscar na hora certa.” O sr., como gestor de fundos de ações, também gosta de incentivar os jovens a correr riscos na Bolsa?

Bartunek – O jovem, se ficar parado sem correr risco na vida, vai ficar sempre onde está. Se o jovem não está feliz na carreira ou se tem dinheiro para investir, não há mal em correr algum risco controlado. Senão a vida passa e a pessoa fica ali na mediocridade. O [empresário] João Doria correu um risco quando decidiu se candidatar a prefeito [de São Paulo pelo PSDB]. Um empreendedor sempre corre riscos quando decide abrir uma empresa. Se fosse sintetizada, a mensagem do Lemann é para correr riscos, mas de uma forma calculada.

InfoMoney – O livro é sobre os grandes investidores brasileiros. Quem é o melhor de todos, em sua opinião?

Bartunek – Depende. Não dá para dizer que o André Jakurski [da JGP] é melhor que o Luis Stuhlberger que é melhor que a Dynamo porque eles fazem coisas diferentes.

InfoMoney – O sr. é da escola do “value investing”, ou do investimento orientado a valor, uma filosofia de investimentos cujo maior expoente é Warren Buffett. No “value investing”, quem é o melhor do Brasil?

Bartunek – É difícil escolher um porque os outros ficam chateados. Mas a Dynamo é um fundo que tem performado bem no longo prazo mesmo com muito dinheiro sob gestão. Eles estão há 25 ou 30 anos fazendo sucesso.

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