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Carreira, sucesso e felicidade.

Não sou filósofo, psicólogo, pedagogo e muito menos intelectual. Sou uma pessoa comum, humilde, sem respostas e cheio de perguntas.
Por  Eli Borochovicius
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

novos talentos

No início de 2017 viralizou na internet o texto intitulado “A geração que encontrou o sucesso no pedido de demissão” de autoria de Ruth Manus, publicado em agosto de 2016.

O texto começa com histórias de amigos que deixaram empregos estáveis para a realização de sonhos. Um deles, formado em comércio exterior foi morar em um hostel, outro de multinacional largou tudo para fazer hambúrgueres, uma amiga advogada que abdicou de uma vida confortável no Brasil para viver de forma mais simples no exterior e uma executiva feliz com a demissão, tendo, enfim, encontrado tempo para surfar.

Ela sugere que seja possível aceitarmos um novo modelo de sucesso, sem desperdiçar tempo, saúde e vida com diploma e carreira, tratando, em essência, de padrões de comportamento geracional.

Foram tantos comentários e respostas sobre os comentários, que confesso não ter lido todos, mas serviram para refletir sobre carreira, sucesso e felicidade.

A carreira, no mundo dos negócios, está associada à ideia de caminho e cada um segue o seu. Automaticamente imagino Alice perdida no bosque quando encontra o mestre gato no galho de uma árvore. Ela diz que gostaria de saber que caminho tomar. Sabiamente o gato responde que depende do lugar aonde ela quer ir.

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Isso me faz acreditar que a transformação profissional tem uma relação direta com as escolhas de cada um e especialmente sobre as mudanças dos objetivos pessoais. Tudo o que já foi trilhado, no entanto, pode ser aproveitado. O que foi aprendido não é perdido. É ingênuo imaginar que seja desperdício gastar tempo, saúde e vida com diploma e carreira.

Sucesso é o oposto de fracasso. Quem atinge seus objetivos, levando o tempo que for, alcança o sucesso. O sucesso está intimamente ligado com o cumprimento de meta e não com o caminho seguido. Trilhar uma carreira de sucesso é encontrar o melhor caminho para atingir os objetivos propostos.

Sempre que penso em felicidade, acabo me lembrando das palavras do professor Clóvis de Barros Filho, que dispensa apresentação. Ele diz: “A felicidade é um instante de vida que vale por si só. A vida é boa quando você torce para ela não acabar”.

A felicidade pode ser encontrada nas pequenas coisas, mas estamos tão focados em conquistar cada vez mais espaço na sociedade, que não nos damos conta. Crianças estudam tanto que não têm tempo para brincar. Jovens estudam e trabalham tanto que não têm tempo para novas descobertas. Pais trabalham tanto que não têm tempo para acompanhar o crescimento dos filhos. Gastamos tanto tempo em busca de uma felicidade futura que talvez sejamos incapazes de enxergá-la no presente.

Quem alcança o sucesso é necessariamente feliz?

Já ouvi muita gente de sucesso dizer: eu era feliz e não sabia.

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Não tenho a intenção de responder a qualquer pergunta, assim como não me sinto preparado para dialogar com a filosofia ou discutir as complexidades do pensamento humano, mas tenho a nítida sensação de que as pessoas estão mais preocupadas em agradar o outro do que pensar em si mesmas. Talvez, quando amadurecem e se dão conta disso, é que descobrem a carreira que leva ao sucesso e o sucesso que leva à felicidade.

Faça as escolhas que te levem por um caminho ou carreira em direção aos seus objetivos pessoais, alcance-os, tenha sucesso e seja feliz.

Eli Borochovicius Eli Borochovicius é docente de finanças na PUC-Campinas. Doutor e Mestre em Educação pela PUC-Campinas, com estágio doutoral na Macquarie University (Austrália). Possui MBA em gestão pela FGV/Babson College (Estados Unidos), Pós-Graduação na USP em Política e Estratégia, graduado em Administração com linha de formação em Comércio Exterior e diplomado pela ADESG. Acumulou mais de 20 anos de experiência na área financeira, tendo ocupado o cargo de CFO no exterior. Possui artigos científicos em Qualis Capes A1 e A2 e é colunista do quadro Descomplicando a Economia da Rádio Brasil Campinas

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