Os números mágicos da educação financeira.
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Enquanto a educação financeira não resplandece como opção para a transformação de um modelo financeiro dependente para o modelo de independência financeira, ficam alguns números mágicos que poderão ajudar as pessoas a pensarem caminhos.
1: Seja você o número um, o primeiro a receber o seu pagamento ANTES de sair pagando as suas despesas fixas. Isto é, assim que receber o seu salário, destine parte dele à uma conta de investimentos, sem escalas. A maioria das pessoas faz o inverso e nunca acha que o que sobra – quando sobra – é digno de ser investido e acaba gastando cada centavo. Torne a prática de se pagar primeiro em um hábito.
2: Evite ter mais do que 2 cartões de crédito. Úteis e práticos na hora de usar, excelente para acumular milhas, mas avalie a real necessidade de utilizá-los e administre-os com os olhos de uma águia.
6: Quantos meses você conseguiria sobreviver se, de repente, ficasse sem o seu salário? Com uma quebra repentina do rendimento mensal é preciso ter um fundo de emergência que pague pelo menos 6 meses das suas despesas fixas, pois isso trará tempo para que uma pessoa pense estratégias para recolocar-se no mercado de trabalho. Se conseguir “engordar” esse fundo de emergência para um período maior, melhor. Imprevistos acontecem e é bom pensar neste fundo como o início da pirâmide de seus investimentos, para depois pensar em investimentos para objetivos maiores.
10: Se há um conselho que é unânime entre os especialistas em todo o mundo é que as pessoas devem se esforçar para poupar e investir pelo menos 10 por cento do seu rendimento mensal. Por exemplo, se os seus rendimentos vêm do trabalho e você ganha R$1.000,00 líquidos, inicie um investimento de pelo menos R$100,00 todos os meses, aconteça o que acontecer. Se não conseguir iniciar com 10%, inicie com 5%, mas inicie e não pare.
30: Nunca deixe que suas dívidas ultrapassem 30% do seu rendimento líquido mensal.
72: “A força mais poderosa do Universo”, frase atribuída a Albert Einstein quando descobriu a mágica dos juros compostos. A “regra do 72” indica o tempo necessário que um investidor levará para multiplicar o seu dinheiro em uma aplicação ou o tempo que uma pessoa dobrará a sua dívida, caso deixe de pagar, por exemplo, a fatura integral do cartão de crédito. Para isso, divida o número 72 pela taxa anual líquida de sua aplicação financeira ou pelos juros mensais de sua dívida e descubra quanto tempo você levará para dobrar a sua aplicação ou a sua dívida.
Por exemplo, se você tem uma aplicação que rende 14% ao ano, você deve dividir 72 por 14 e como resultado você terá 5,14, ou seja, aproximadamente 5 anos até que seu investimento dobre o valor investido. Em contrapartida, se você tem uma dívida cuja taxa é de 12% de juros ao mês, você levará cerca de 6 meses para dobrar a sua dívida.
Para o bem ou para o mal, a regra do 72 permite, de forma simples, que você escolha como usar a taxa de juros: a seu favor ou contra você.
Um brinde à arte do bem viver.