De Roma a Firenze pelas estradas da Toscana…
Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores
Tive o privilégio de visitar a Toscana várias vezes. Já estive lá na primavera, no verão e no inverno. Faltava o outono… Não falta mais. São 6 e 35 da manhã. O sol começa a surgir e luta com uma leve neblina que cobre a estrada. A bordo de um Renault Space de última geração, deixo o Coliseu, o Vaticano, a Fontana di Trevi para trás. Estou ansioso e comovido em rever a mesma paisagem pintada com outras cores.
Renault Space, GPS gigante com conforto e comodidade | Crédito: Paulo Panayotis
Quando estive pela primeira vez na Toscana lutei com mapas e placas. Cretino topográfico que sou, me perdi, mas resisti. Não havia as modernidades que transformaram a maneira de visitar outros países. Na tela gigante de meu carro, distância, tempo, restaurantes, postos de combustível. Tudo ali, a um piscar de olhos. Me acomodo. Dirijo gostosamente enquanto o sol me dá bom dia.Saio da rápida e impessoal A1, a auto estrada que corta o coração da Itália. Imediatamente tudo muda. Dezenas, centenas, milhares de ciprestes me dão as boas vindas.
Cores de outono na campanha italiana | Crédito: Paulo Panayotis
Uma explosão tonalidades ocres anuncia o outono e agradece a presença do sol que já vai alto.Meu destino são dois dos mais charmosos e tradicionais hotéis de luxo da região: o Castello del Nero e o Villa Cora que me esperavam para alguns dias de descobertas. Lembro a frase: o que importa é o caminho, não a chegada. Olho a paisagem que passa pela janela e me sinto feliz em concordar.
Castello del Nero, classudão totalmente restaurado! | Crédito: Paulo Panayotis
O centenário Castello del Nero, totalmente restaurado, e a exuberante Villa Cora, construída no século XIX como residência para a aristocracia da época , são hoje destinos de alto luxo, cinco estrelas da Toscana. Em breve, conto, aqui mesmo, como foi a experiência de me sentir, por alguns dias, como um nobre toscano.Em meio a estradas que revelam casas centenárias de pedra e modernos processos de vinificação, sigo meio que sem querer as placas Castello di Montozzi: agriturismo, prodotti Locali.
Villa Cora, palácio em Florença | Crédito: Paulo Panayotis
A estrada de terra, as cores de outono e o cheiro de mato acabam me levando a uma construção centenária, imponente e isolada, onde placas anunciam: Vino e Ólio nuovo.Desnecessário dizer que não há transporte público para este tipo de lugar. Só de carro mesmo. Tudo está deserto. Toco a campainha meio sem acreditar que alguém responderia.Em minutos, uma simpática senhora não só me recebe, como abre adega onde são feitas as degustações. Recebo uma aula verdadeira particular sobre a história e os produtos do lugar. Filho de gregos que sou, saio de lá com uma bela garrafa de azeite local, o tal do ólio nuovo. O sabor forte não nega: são azeitonas espremidas recentemente.Enquanto entro no carro e ligo o motor, já me imagino no Brasil, servindo aos amigos “una bela massa ao sabor do ólio nuovo do Castello di Montozi”, e contando esta história, vá bene?
Jornalista Paulo Panayotis sempre que possível viaja de carro | Crédito: Paulo Panayotis
O jornalista viajou na Itália com carro cedido pela Avis e seguro viagem Travel Ace.