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Restituição do IR: como obter o melhor valor e usá-lo com planejamento

 
Por  Reinaldo Domingos
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Declarar o Imposto de Renda é muito importante para quem têm CPF, recomendo que todos façam em meu novo vídeo, no canal Dinheiro à Vista.

Este ano, a declaração deve ser entregue até abril e é referente aos ganhos e gastos de 1º de janeiro de 2017 até 31 de dezembro de 2017. Portanto, o ideal é que as informações já estejam separadas desde o ano passado, todos os comprovantes de renda e recibos médicos, odontológicos, enfim.

Afinal, se em todos os anos é preciso declarar a movimentação financeira, é válido organizar e separar os comprovantes mensalmente. Dessa forma, se torna mais simples prestar contas adequadamente e não cair na temida malha fina.

A malha fina nada mais é que o cruzamento das informações. Se a Receita Federal encontra qualquer inconsistência, ela chama o contribuinte para se justificar. É preciso estar preparado, com os recibos e comprovantes originais em mãos, para não ter nenhum problema.

É fácil cair na malha fina, pois qualquer erro de digitação, por exemplo, pode exigir justificativa. E quando é chamado para justificar, o contribuinte deve ter comprovantes de toda a declaração, completa. Para evitar isso, preencha o sistema com calma, não deixe para a última hora.

Ao preencher, é preciso observar qual o melhor modelo de entrega, completo ou simplificado. O desconto simplificado é de 20% do valor dos rendimentos tributáveis na Declaração de Ajuste Anual, limitado a R$ 16.754,34 em substituição de todas as deduções admitidas na legislação tributária.

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Veja as principais despesas dedutíveis que podem garantir restituições:
  1. 1- Contribuições para a Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
  2. 2- Contribuições para Previdência Privada (PGBL) cujo limite será de 12% do total dos rendimentos tributáveis no ano;
  3. 3- Importâncias pagas em dinheiro a título de pensão alimentícia em face das normas do Direito de Família, quando em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente ou por escritura pública, inclusive a prestação de alimentos provisionais;
  4. 4- Valor anual por dependente: R$ 2.275,08;
  5. 5- Despesas médicas e de saúde;
  6. 6- Despesas pagas com educação (instrução) do contribuinte, de alimentandos em virtude de decisão judicial e de seus dependentes, até o limite anual individual de R$ 3.561,50;
  7. 7- Soma das parcelas isentas vigentes entre janeiro a dezembro de 2017 de R$ 1.903,98 no ano-calendário de 2017, relativas à aposentadoria, pensão, transferência para a reserva remunerada ou reforma, pagas pela previdência oficial, ou privada, a partir do mês em que o contribuinte completar 65 anos, totalizando R$ 24.751,74.

 

Valor restituído: use com planejamento

A primeira preocupação ao usar o valor restituído deve ser com as dívidas em atraso, especialmente no cheque especial e cartão de crédito: estabeleça estratégia para eliminar o problema.

Essas devem ser as primeiras dívidas eliminadas, pois as taxas de juros são muito altas. Entretanto, é fundamental negociar essas contas antes de pagar, reduzindo ao máximo os juros e as multas.

O contribuinte também deve ter em mente que é hora de combater as causas do endividamento e não o efeito, e isso só se faz com educação financeira.

Já para os que não têm dívidas, o ideal é poupar o dinheiro para conquistar seus verdadeiros sonhos no curto, médio e longo prazo. Ao investir, escolha a modalidade que mais se adéque ao prazo dos sonhos, como, por exemplo, a previdência privada para a aposentadoria sustentável.

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Reinaldo Domingos Reinaldo Domingos é presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), autor de vários livros e criador da Metodologia DSOP de Educação Financeira.

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