Fechar Ads

Estratégia financeira: ter dívidas nem sempre é problema

 
Por  Reinaldo Domingos
info_outline

Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Poupar dinheiro e comprar à vista com desconto é sempre a melhor escolha. Mas as dívidas são “companheiras” de 62% das famílias (segundo a Peic) e tê-las pode ser boa estratégia financeira. Contudo, é preciso ter certeza de que conseguirá pagá-las.

Quem usa o cartão de crédito ou entra em financiamentos, por exemplo, cria uma dívida. O que não necessariamente é algo ruim, como muitos costumam pensar, desde que seja feito com consciência e planejamento.

Muitos investidores possuem dívidas, como forma de proteger seu dinheiro, utilizando as facilidades do pagamento postergado a seu favor.

A grande questão é que há dívidas de valor e dívidas sem valor. A primeira é o tipo de dívida que não há problema em ter, que agregam valor à vida e trazem resultados bons em curto, médio e longo prazo. Como comprar um imóvel, por exemplo.

Já as dívidas sem valor são as que fazemos sem planejamento, adquirindo itens supérfluos, muitas vezes por impulso e compulsividade. Essa, certamente, só trará satisfação momentânea e acúmulo de dívidas.

Não quero dizer com isso que ninguém deve ter dívidas sem valor e sim que elas devem ser feitas com maior planejamento, para não comprometer as finanças e impedir conquistas maiores.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O problema está em se tornar inadimplente, ou seja, não conseguir pagar essas dívidas. Muitos brasileiros fazem compras e, depois, na hora de pagar, percebem que não têm dinheiro necessário.

Pode ser que apenas atrase uma conta, pagando juros pelos dias que passaram, e pague o mínimo do cartão de crédito ou pode ser que não pague nada por um bom tempo, podendo até ter o nome negativado no SPC e Serasa.

Todo inadimplente tem dívidas, mas nem todas as pessoas que têm dívidas estão inadimplentes. Com educação financeira, é possível investir e manter as finanças em equilíbrio, mesmo com dívidas.

Reinaldo Domingos Reinaldo Domingos é presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), autor de vários livros e criador da Metodologia DSOP de Educação Financeira.

Compartilhe

Mais de Finanças em casa

Finanças em casa

Apenas 9% dos brasileiros conseguem pagar as despesas de início de ano

O ano já começou e para não comprometer as finanças logo em janeiro é preciso se planejar, mas diante da situação financeira atual do brasileiro, sabemos que não é simples. Prova disso é uma recente pesquisa divulgada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), apenas 9% dos brasileiros conseguem pagar as despesas de início de ano com o que recebem.
Finanças em casa

Mega-Sena da Virada ou investimento: o que é melhor?

Todo fim de ano a cena se repete: filas enormes para fazer aquela "fezinha" na Mega-Sena da Virada em todas as lotéricas do país. Neste ano, o prêmio é o maior da história, sendo R$ 280 milhões, e por isso muitos apostam também a esperança de resolver, de uma vez por todas, a vida financeira.
Finanças em casa

Saúde Física x Saúde Jurídica: a importância do equilíbrio

Sempre gosto de ponderar que é preciso haver um equilíbrio em tudo o que fazemos e com a nossa saúde não poderia ser diferente. Aprofundo mais essa questão em meu livro Empreender Vitorioso com Sonhos e Lucro em Primeiro Lugar, lançado no fim de Novembro. É imprescindível dar a mesma atenção à saúde física e jurídica. 
Finanças em casa

Planejamento é a chave para as contas de início de ano

Mesmo que a taxa de desemprego tenha diminuído para 11,9% no mês de setembro, ainda são 12,5 milhões de brasileiros sem trabalho de acordo com os últimos números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A falta de renda também se reflete no grande número de inadimplentes – cerca de 63 milhões, segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), divulgados neste mês de novembro. Diante deste cenário preocupante, as contas típicas de início de ano das famílias, se não forem analisadas com cautela, podem causar um grande desequilíbrio no orçamento.
Finanças em casa

Conheça os caminhos para empreender de forma vitoriosa

Sabemos que a palavra “empreendedorismo“ sempre esteve muito ligada ao campo empresarial, mas ao longo do tempo percebi que o ato de empreender não se restringe apenas a isso, mas permeia todo o nosso cotidiano. É partindo deste entendimento que o meu novo livro Empreender Vitorioso com Sonhos e Lucro em Primeiro Lugar se desenvolve.
Finanças em casa

Pesquisa comprova: brasileiros ainda dependem do INSS

Quase metade dos brasileiros esperam depender apenas com os recursos da Previdência Social (INSS) para se manter na aposentadoria. É o que atesta uma pesquisa recente do Datafolha, encomendada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima)
Finanças em casa

13º dos aposentados: caminhos para a melhor utilização

Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começam a receber a partir do dia 27 deste mês a primeira parcela do 13º salário, que corresponde a 50% do valor. Com esse dinheiro extra em mãos, muitos beneficiários podem se perguntar qual o melhor destino: quitar dívidas, consumir ou investir?
Finanças em casa

Maioria dos colaboradores brasileiros enfrentam dificuldades financeiras

Em pesquisa divulgada recentemente pela Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), em parceria com a Unicamp e o Instituto Axxus, revelou-se que apenas 16% dos colaboradores brasileiros são capacitados financeiramente. Já 84% dos entrevistados enfrentam dificuldades para lidar com o dinheiro, sofrem prejuízos ou não entendem de finanças.
Finanças em casa

Não deixe os juros dominarem a sua vida financeira

Nesta semana, uma pesquisa divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), constatou que no ano passado as famílias brasileiras gastaram R$ 354,6 bilhões apenas com o pagamento de juros. Esse número corresponde a 10% da renda anual, superando os gastos com energia elétrica, planos de saúde e educação, por exemplo.