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Onde investir o 13º salário?

  
Por  Reinaldo Domingos
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

É comum que as pessoas me perguntem “Reinaldo, qual é o melhor fundo para investir o 13º salário?”

Sempre explico que o investimento precisa ser adequado ao prazo em que se deseja realizar o objetivo atrelado a esse investimento. Ou seja, independente do valor do 13º salário, é importante investir de acordo com os seus sonhos.

 

Planejamento para conquistar

Todas as etapas que envolvem a realização de um sonho são importantes e a escolha do investimento é uma das principais delas. A modalidade certa pode otimizar a reserva e adiantar a conquista. Imagine a seguinte situação: você tem o sonho de ser independente financeiramente daqui há 10 anos. Para isso faz economias e poupa dinheiro, mas investe na poupança, que tem um rendimento baixíssimo.

Assim você levaria muito mais tempo para atingir seu objetivo do que poderia levar se tivesse investido na previdência privada, por exemplo, que tem um rendimento maior e adequado com o longo prazo até o resgate do valor.

 

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Curto, médio e longo prazo

Para os sonhos de curto prazo, que você pretende realizar em até um ano, procure investir em Títulos do Tesouro Direto. Em caso de curtíssimo prazo, em alguns meses, considere a poupança. Já para os sonhos de médio prazo, que você irá realizar entre um e dez anos, como trocar de carro, comprar uma casa ou fazer uma viagem, é interessante pensar com Fundos de Investimentos, além de Títulos do Tesouro Direto, CDBs, LCIs e LCAs.

Agora, pensando em objetivos a serem conquistados em longo prazo, em mais de dez anos, como a aposentadoria sustentável com independência financeira, a previdência privada é ideal. Caso tenha um perfil investidor mais agressivo, você pode pensar em diversificar 10% do valor em debêntures e ações. Mas é importante ter cuidado, pois esse valor é muito importante, conquistado com anos de trabalho, e deve ser mantido seguro.

 

Despesas de dezembro e janeiro

A chegada dessa renda extra é um alívio para muitas pessoas, pela proximidade do final do ano, período em que os gastos costumam aumentar. Porém, as despesas típicas dos meses de dezembro e janeiro precisam ser consideradas no planejamento pessoal ou familiar anual, pois já são previstas. Depender do 13º salário para conseguir pagar é um sinal de que é preciso se educar financeiramente.

 

Inadimplência

Em um cenário ideal, os brasileiros poupariam esse valor para investir em seus sonhos. Mas os altos índices de endividamento e inadimplência mostram a dificuldade em administrar as finanças, que acaba se refletindo no uso de rendas extras no Brasil. Não à toa, muitas pessoas utilizam o 13º para pagar dívidas.

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A quem está inadimplente, sem conseguir pagar suas contas em dia, é importante reservar pelo menos parte dessa renda extra e traçar um planejamento para sair dessa situação. Deixar de ser inadimplente pode – e deve – ser um sonho, mas não o único. Pense em tudo aquilo que deseja conquista e coloque no papel. Esse é o primeiro passo para realizar.

Reinaldo Domingos Reinaldo Domingos é presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), autor de vários livros e criador da Metodologia DSOP de Educação Financeira.

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