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Poupança passa a render menos com Selic a 8,25% – saiba o que fazer

 
Por  Reinaldo Domingos
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central acaba de anunciar a queda da taxa de juros Selic de 9,25 para 8,25% ao ano. A poupança, portanto, passa a render menos: 5,77% – o equivalente a 70% da Selic – mais a Taxa Referencial (TR). Ainda assim, é um investimento competitivo, já que é isento de Imposto de Renda, taxas de administração e tem risco zero e liquidez.

Este cálculo para a rentabilidade da poupança foi instituído pelo Governo em 2012, para que ela não se torne mais atrativa que os demais investimentos com a Selic abaixo de 8,5% ao ano. Havendo novos cortes, a poupança renderá ainda menos.

Mesmo com a queda, a poupança é hoje um investimento importante para o brasileiro, pois tem vantagens marcantes: alta liquidez, é segura e isenta de taxas de administração e Imposto de Renda.

 

Onde investir?

Com a mudança, segundo o especialista, o momento é de análise aprofundada ao aplicar. Essa redução não significa que se deve deixar de investir na poupança e procurar outras aplicações. Por mais que os números apontem investimentos a princípio mais vantajosos, vários fatores devem ser avaliados.

Investir apenas na linha que aparentemente tem a maior rentabilidade pode ser uma armadilha, levando até mesmo a prejuízos. O principal critério deve ser o prazo para a realização do sonho: curto, médio ou longo.

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Prazo dos sonhos

Sonhos de curto prazo são aqueles que se pretende realizar em até um ano. Para esses, ainda é interessante aplicar em caderneta de poupança, pois quando precisar terá a disponibilidade de retirar sem pagar taxas, imposto de renda ou perder rendimentos.

Já os sonhos de médio prazo abrangem um período entre um a dez anos. É interessante optar por linhas com prazos preestabelecidos alinhados ao período do sonho a ser realizado. Dentre as opções, recomendo Tesouro Direto, CDB, Fundo de Investimentos, Título do Tesouro e ouro. Neste caso, o melhor é pesquisar em pelo menos três instituições financeiras de grande porte.

Já os sonhos de longo prazo são aqueles que a maioria das pessoas acredita que não irá realizar, por representar algo muito distante. O tempo destes sonhos é acima de dez anos, o que faz com que muitos desanimem antes mesmo de começar.

Afirmo, seja qual for o seu sonho, ele é factível de ser realizado, mas é preciso perseverança e começar imediatamente. Para estes sonhos, recomendo investir em Tesouro Direto, previdência privada e ações. No caso de investimento em ações, o melhor é investir no máximo 20% do dinheiro total com essa finalidade, já que existe grande risco por depender do desempenho da empresa na qual investe.

É recomendável também que se tenha uma reserva financeira extra para os imprevistos (e para esse caso a poupança também é recomendada), pois geralmente problemas acabam desviando o dinheiro dos sonhos de médio e longo prazo.

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Por fim, por mais que as informações direcionem para a mudanças de aplicações, uma das premissas da educação financeira é manter a calma e ter objetivos, o que fará com que a realização de seus objetivos se torne mais simples.

 

Reinaldo Domingos Reinaldo Domingos é presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), autor de vários livros e criador da Metodologia DSOP de Educação Financeira.

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