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Vai usar o FGTS inativo para pagar dívidas? Veja como agir

Grande parte das pessoas que sacou o saldo das contas inativas do FGTS utilizou o valor para pagar dívidas no cartão de crédito. Esta foi a constatação de pesquisa da Boa Vista SCPC, realizada com 2.880 pessoas de todo o Brasil em junho.Além do cartão de crédito (21%), as contas de concessionárias, como água, luz […]
Por  Reinaldo Domingos
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Grande parte das pessoas que sacou o saldo das contas inativas do FGTS utilizou o valor para pagar dívidas no cartão de crédito. Esta foi a constatação de pesquisa da Boa Vista SCPC, realizada com 2.880 pessoas de todo o Brasil em junho.

Além do cartão de crédito (21%), as contas de concessionárias, como água, luz e gás, foram priorizadas por 16% das pessoas. Em seguida vieram os pagamentos de empréstimo pessoal e consignado (10%) e de dívidas com o cartão de lojas (10%).

Para quem ainda não sacou, a liberação vai até 31 de julho.

 

Levante todas as suas dívidas

Pagar dívidas em atraso com rendas extras é uma atitude válida quando for possível quitar o valor total. Do contrário, é preferível poupar para ter força para renegociar com os credores mais para frente. Mas antes de tomar qualquer decisão, é preciso analisar com cautela qual ou quais dívidas serão priorizadas.

Digo isso porque, infelizmente, muitos brasileiros não sabem o quanto ganham e muito menos o quanto devem. Ou seja, não enxergam a sua situação financeira de forma ampla. Por isso o primeiro passo é fazer uma análise.

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Levante todas as suas dívidas – valor total, número de parcelas, taxa de juros e os riscos de não pagar na data acertada. Em uma lista, priorize as de produtos e serviços essenciais, como aluguel, água e gás, e sobre as quais incidem mais juros, como cheque especial e cartão de crédito.

 

Faça um diagnóstico de sua situação financeira

Paralelamente, faça um diagnóstico de sua vida financeira. Muitas pessoas me perguntam como é isso, então faço a seguinte uma comparação: quando estamos doentes, não precisamos fazer exames para descobrir a causa? O mesmo deve ser feito quando há um problema financeiro: um diagnóstico.

Uma vez por ano ou sempre que houver mudanças em seu padrão de vida, você deve anotar por 30 dias (ou 90, se tiver renda variável) todas as suas despesas, incluindo as menores, como cafezinhos, doces e pequenas compras.

Assim saberá onde há excessos e é necessário fazer ajustes – ou seja, mudar seu comportamento – para evitar entrar novamente no endividamento e ter força para poupar para sair das dívidas.

 

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Poupe o FGTS e um pouco mais

Pode parecer estranho falar de poupar quando está endividado, porém é desta forma, com reservas mensais, que terá forças para quitar ou renegociar as dívidas e saber o quanto pode dispor para pagar as parcelas da renegociação. Reserve também o valor das contas inativas do FGTS e de quaisquer rendas extras enquanto traça o planejamento para sair do endividamento.

Evite procurar os credores sem ter uma visão ampla de sua situação, do contrário poderá usar essa valiosa quantia de forma pouco eficiente. Considere sua prioridade compreender a raiz do problema e buscar uma saída definitiva, com mudanças de hábitos e comportamentos.

 

Veja mais orientações para usar o FGTS inativo neste vídeo, em meu canal Dinheiro à Vista

Reinaldo Domingos Reinaldo Domingos é presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), autor de vários livros e criador da Metodologia DSOP de Educação Financeira.

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