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Juros do cartão de crédito: o que mudará?

Por  Reinaldo Domingos
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Na última quinta-feira, o Governo anunciou sua pretensão de reduzir os juros do cartão de crédito no primeiro trimestre de 2017, visando diminuir a inadimplência. Os juros do rotativo são exorbitantes, no ano passado a dívida dos brasileiros nesta modalidade chegou aos R$ 34,5 bilhões segundo o Banco Central.

A pretensão é que os clientes que pagarem o mínimo da fatura não poderão passar mais do que 30 dias no rotativo. Depois desse prazo, a dívida será automaticamente parcelada. Dessa forma, incidirá sobre o valor os juros comuns ao parcelamento, cerca de 150% ao ano, equivalente a menos da metade dos 450% comuns ao rotativo. A medida depende de regulamentação do CMN (Conselho Monetário Internacional).

Mesmo com a mudança, o consumidor seguirá pagando uma das taxas mais altas do mercado, a do parcelamento do cartão de crédito, que ganha do crédito pessoal (sobre o qual incidem juros de cerca de 130% ao ano) e do crédito consignado (cerca de 30% ao ano).

Meu maior receio é que a mudança incentive os consumidores a pagar apenas o mínimo do cartão de crédito, algo que nunca deve ser feito. Havendo necessidade, é indicado buscar outras linhas de empréstimos com juros menores. Do contrário, corre-se o sério risco de agravar a situação até virar uma bola de neve, em que as mensalidades das compras parceladas sejam novamente parceladas, somando-se dívidas sobre dívidas, acrescidas de juros.

Quem chegou a esse ponto precisa fazer, imediatamente, um diagnóstico financeiro, rever sua situação e se educar financeiramente para combater a verdadeira causa do problema. O descontrole financeiro tem origem nos hábitos e comportamentos, portanto é preciso, em primeiro lugar, mudar as atitudes para sair desta situação. Acredite, não basta trocar uma dívida pela outra.

O cartão de crédito é uma excelente ferramenta para quem sabe aproveitar seus benefícios, como serviços de milhagens e prêmios. Porém, se não for utilizada com consciência pode promover compras por impulso, é preciso ter responsabilidade na hora de consumir. É importante que o limite do cartão de crédito não ultrapasse metade do salário ou ganho mensal, justamente para evitar que se gaste mais do que recebe.

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O ideal é estar sempre bem informado sobre as mudanças referentes aos juros do cartão de crédito, para não se deixar levar por interpretações precipitadas e prejudicar sua performance financeira. 

Reinaldo Domingos Reinaldo Domingos é presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), autor de vários livros e criador da Metodologia DSOP de Educação Financeira.

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