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Notícias comentadas: Huck desiste e Temer sonha com reeleição

Luciano Huck desistiu oficialmente de ser candidato enquanto Michel Temer continua com o sonho da reeleição e o PT continua sofrendo as consequências políticas do cerco jurídico a Lula.
Por  Victor Scalet
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Neste final de semana Luciano Huck desistiu oficialmente de ser candidato em um artigo na FSP (http://bit.ly/2Gq0mcQ). Há tempos insistimos de que a renovação na política é difícil e que as regras do jogo favorecem a manutenção do status quo. Depois da desistência do apresentador de TV, a imprensa começa a reconhecer e analisar as implicações disso. Nessa linha, vale a leitura de o novo nunca vem (http://bit.ly/2GrvkS0) e de os veteranos prevalecem (https://glo.bo/2Gs2pNo).

Michel Temer continua com o sonho da reeleição (http://bit.ly/2GqkzPH) e acredita que sua popularidade poderia subir a 15% e sua desaprovação cair para 60% com a mudança da pauta da previdência para segurança. Por fatores econômicos calculamos que o presidente poderia obter tais índices até o final do ano, mas é mais provável que apesar da condição de melhora uma rejeição a sua figura está disseminada e ele dificilmente conseguirá capitalizar tais ganhos.

O Plano B do presidente, segundo a reportagem, seria encontrar um empresário de fora da política para ser candidato pelo MDB e defender seu legado. Um outsider concorrer pelo MDB defendendo o governo Temer é um paradoxo que dificilmente o eleitor vai ignorar. Um plano alternativo e também frustrado (http://bit.ly/2Gto6Nn) seria apoiar Alckmin em troca de um ministério no futuro governo.

Ao deixar a bandeira da previdência em favor da segurança, o executivo vê diminuída sua capacidade de pautar o legislativo. A agenda provavelmente conservadora que emergirá dos deputados (http://bit.ly/2GqPNWX) e as controvérsias que serão geradas podem dar fôlego adicional a Bolsonaro.

O PT continua sofrendo as consequências políticas do cerco jurídico a Lula. Alianças estaduais costuradas pelo ex-presidente já estão em risco (http://bit.ly/2Gql8cf) e o discurso de apoio unânime por sua candidatura já começa a ruir (http://bit.ly/2GqniIW). Alertamos que as consequências políticas do julgamento de 24 de janeiro seriam tão danosas ao candidato quanto as possíveis consequências jurídicas.

Marina Silva continua tentando sair do ostracismo, dessa vez com entrevista à FSP (http://bit.ly/2Gr3u8o).

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E a previdência, sim ela ainda ocupa espaço no jornal, se fosse votada teria uma PEC surpresa que ajudaria os governadores a sanar as contas estaduais (http://bit.ly/2Gsjozn).

Victor Scalet É analista político e estrategista macro da XP Investimentos, responsável pela pesquisa XP/Ipespe. É mestre em economia e, antes de se juntar à XP, trabalhou por sete anos na área econômica de instituições financeiras.

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