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Olavo tem razão: 10 motivos para você assistir ao Jardim das Aflições

Finalmente as ideias do filósofo e professor Olavo de Carvalho entraram para o cinema. O filme Jardim das Aflições, mesmo nome de um dos seus principais livros, retrata de maneira clara e sincera boa parte do pensamento de Olavo de Carvalho presente em suas obras. Finalmente as ideias do filósofo e professor Olavo de Carvalho entraram para o cinema. É um filme que traz reflexões fundamentais sobre a vida humana, formação intelectual e entendimento da realidade. 
Por  Alan Ghani
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Finalmente as ideias do filósofo e professor Olavo de Carvalho entraram para o cinema. O filme Jardim das Aflições, mesmo nome de um dos seus principais livros, retrata de maneira clara e sincera boa parte do pensamento de Olavo de Carvalho presente em suas obras. O documentário produzido com o maior crowdfunding da história do cinema brasileiro estreou com salas lotadas neste último fim de semana em diversas cidades do Brasil.

Não deve ter sido fácil para o diretor e roteirista, Josias Teófilo, contar em 1h20 a essência do pensamento filosófico de Olavo de Carvalho diante da abrangência, densidade e profundidade de sua obra. Para passar a mensagem e prender a atenção dos telespectadores, o longa-metragem traz explanações do próprio Olavo sobre alguns temas (liberdade, cultura, etc.), mesclando com acontecimentos reais, cenas de outros filmes e filmagens do cotidiano do filósofo. Embora seja um documentário mais sobre a obra do autor, o filme também traz cenas do cotidiano de Olavo de Carvalho na Virgínia (EUA), além de relatos pessoais do filósofo, contados por ele mesmo ou pela sua esposa.

Embora passe pela realidade política atual no Brasil, o filme está longe de ser político ou de defesa de uma corrente de pensamento, muito pelo contrário. É um filme que traz reflexões fundamentais sobre a vida humana, formação intelectual e entendimento da realidade. A seguir, elenco os motivos pelos quais você deve assistir ao Jardim das Aflições.

SPOILER ALERT: Algum dos pontos abaixo são ideias extraídas do filme. Por se tratar de um documentário, isso pode ser visto como um spoiler.

1)      Instiga e faz você refletir sobre sua própria vida

Ao trazer uma reflexão sobre a certeza da morte em nossas vidas, Olavo de Carvalho te faz pensar em que tipo de vida você quer levar: aquela marcada apenas por futilidades ou uma em busca de um sentido maior de sua existência? Citando Ortega Y Gasset, mostra também a importância de enxergamos a realidade para conduzimos as nossas próprias vidas.

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2)      Traz uma a bela e reconfortante mensagem filosófica sobre a morte de pessoas queridas

Certamente, quase todos nós já perdemos pessoas queridas. Apesar de não termos mais a presença física delas, Olavo argumenta que carregamos as lembranças, o amor e as ideais daqueles que nos deixaram, tornando-as imortais em nossas vidas e no tempo.

 

3)      Questiona a ideia de liberdade atualmente. Até que ponto nós somos livres? .

Certamente temos mais direitos e possibilidades do que no passado. Mas será que temos mais liberdade do que em outros tempos? Olavo de Carvalho esclarece essa questão de maneira clara, exemplificando a influência do controle do Estado em nossas vidas atualmente.

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4)      Traz importantes reflexões psicológicas e intelectuais.

Por que o autoconhecimento e entender nossos limites são tão importantes para exercemos nossa liberdade? Como formamos nossas opiniões? Será que temos opiniões tão autênticas? Como a defesa de uma opinião pode estar relacionada com questões psicológicas? Olavo de Carvalho esclarece elegantemente essas questões.

 

5)      Ajuda a entender a realidade política atual brasileira

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Explica a estratégia de tomada de poder pelo PT. Citando Raymundo Faoro, argumenta que o grande problema do Brasil é o estamento burocrático (“establishment”) e por que o impeachment não foi a solução para os males do nosso país.

 

6)      Aborda o cristianismo não pela perspectiva religiosa, mas pela existência real.

Olavo de Carvalho analisa o cristianismo não apenas pelo aspecto religioso, mas como uma experiência real diante da concretização dos milagres desde a sua origem. Certamente é uma reflexão interessante mesmo para aqueles que não são cristãos.

 

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7)      É um filme real, sem máscaras e com uma bela fotografia.

O documentário traz diálogos naturais e capta cenas espontâneas da vida do filósofo. Você sente que está ali presente no cotidiano de Olavo de Carvalho, sem barreiras entre o telespectador e o professor. A produção conta com uma bela fotografia, inclusive com cenas filmadas com drones.

 

8)      Tem humor, faz rir.

É evidente que o foco do filme não é fazer rir. Mas alguns espontâneos comentários e histórias contadas pelo próprio Olavo de Carvalho arrancam risos da plateia. Mérito de Olavo de Carvalho pelo seu senso de humor e do diretor que permitiu esta espontaneidade.

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9)      Conhecer o pensamento do maior intelectual vivo do Brasil

Se você conhece Olavo de Carvalho apenas pelos rótulos colocados pelos seus detratores ou pelos comentários de Facebook, este documentário é uma ótima oportunidade para entrar em contato com a pessoa e com o pensamento do maior intelectual vivo brasileiro. No filme, você verá que Olavo de Carvalho é uma pessoa simples, bem humorada e de uma cultura e inteligência abismal. É um bom começo para entrar em contato com sua obra e de muitos outros autores citados por ele (Platão, Aristóteles, Eric Voegelin, Ortega Y Gasset, etc). Já se você conhece a obra de Olavo de Carvalho (ou parte dela), o filme vai te provocar uma sensação de identificação muito grande com o filósofo, também contribuindo para novos aprendizados e reflexões.

 

10)   O filme foi boicotado no festival Cine-PE

O boicote a uma obra de arte só é mais um elemento para torná-la ainda mais relevante e instigante. Por que será que boicotaram um filme sobre a obra de um filósofo? Este é mais um motivo para você refletir e ir ao cinema.

 

 Conclusão

 

Conforme exposto acima, ficou evidente que não se trata de um filme sobre política ou defesa de uma corrente de pensamento. Pena que os diretores do festival Cine-PE não assistiram ao filme antes, boicotando histericamente uma obra artística. O boicote covarde foi criticado inclusive por cineastas de esquerda, ao ferir a própria noção de arte e de liberdade de expressão.

 

Mas o boicote a Olavo não ocorreu apenas no festival Cine-PE. O filósofo autor de ricas e diversas obras, best seller de vendas (O Mínimo que você precisa saber para não ser um Idiota), fenômeno nas redes sociais, citado três vezes durante a votação do impeachment e ovacionado com cartazes nas manifestações contra o PT  (“ Olavo tem razão”)  foi silenciado pelos principais meios de comunicação deste país. Por muito menos, a grande mídia fazia barulho com questões banais (quem não se lembra do tal “a Luiza está no Canadá”?). Não seria razoável mesmo pensando em audiência – ou seja, em lucro – os jornais e as emissoras de TV falarem sobre Olavo de Carvalho? Por que o silêncio durante esses anos todos?

Bom para os produtores do filme que enxergaram essa demanda e certamente terão bons lucros com o Jardim das Aflições ao trazerem a obra de Olavo Carvalho para o cinema. Olavo tem razão: o filme é excelente, vale a pena assistir!

 

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Alan Ghani É economista, mestre e doutor em Finanças pela FEA-USP, com especialização na UTSA (University of Texas at San Antonio). Trabalhou como economista na MCM Consultores e hoje atua como consultor em finanças e economia e também como professor de pós-graduação, MBAs e treinamentos in company.

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