A herança maldita de Obama e os desafios de Trump
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Chegou o grande dia que Donald Trump se tornará o 45º presidente da história dos EUA. Trump terá grandes desafios para os próximos 4 anos em questões econômicas, geopolíticas e sociais.
Na área econômica, Trump terá que lidar com a explosão da dívida pública americana, a qual segue trajetória insustentável, caso continue neste ritmo de crescimento. De 2009 para 2017, o presidente Barack Obama aumentou a dívida do governo em $9,335,000,000,000 . A dívida governamental federal passa de $10,626,877,048,913.08 para $19,961,467,137,973.64, um crescimento de 87%. Um calote da dívida americana traria consequências econômicas e sociais drásticas para os EUA e para o mundo. Outro ponto que Trump terá que lidar é com a forte queda do rendimento familiar, ocorrida durante o governo Obama.
Na área social, Trump terá que enfrentar os desafios da imigração ilegal, tolerada sob o governo Obama. Um número considerável de imigrantes ilegais está envolvido em assassinatos, estupros e tráfico de drogas (vejam números aqui e aqui). Lembrando que eles nem poderiam estar no país pelo simples fato de serem ilegais, muito menos cometendo crimes.
Ainda na área social, Trump terá que unir um país dividido. Estímulo à guerra racial, demonização da polícia, vitimização de “minorias” fizeram parte do cardápio da agenda democrata, com apoio de grande parte das universidades e da grande mídia americana. Pior: qualquer um que tente se opor a temas progressistas sofre um verdadeiro ataque de reputação. Chega-se ao cúmulo de existir ”free speech zones” dentro de universidades americanas para estudantes poderem expressar opiniões mais conservadoras, sem medo da patrulha da ditadura dos intolerantes politicamente corretos. O caso é grave, pois se trata de uma limitação à liberdade de expressão dentro das universidades (livre pensar) e da nação que tem a liberdade como um dos seus princípios de existência.
Na questão geopolítica, a guerra do Iraque de Bush, bem como a retirada precoce de tropas americanas por Obama do país invadido, e o abandono da aliança com Israel são alguns dos fatores que levaram ao caos no Oriente Médio e à crescente onda de terrorismo no mundo. Trump terá que retomar a influência americana no Oriente Médio (“quando os EUA saem de férias, o mundo vira um caos” ), mas com um orçamento militar mais limitado, diante da explosão da dívida pública. Nesse sentido, talvez uma parceria com a Rússia seja estratégica.
Soma-se a isso que Trump terá que lidar diariamente com fake news, difamações, guerras de narrativas por parte da mídia democrata americana. Ele mal se tornou presidente e já começaram ameaças de morte para os artistas que irão cantar na sua posse. Sem contar o vexaminoso caso de divulgação de um documento não verificado como se fosse uma verdade incontestável, envergonhando inclusive parte da imprensa esquerdista americana.
É claro que esses temas não atingem a vida das elites que vivem sob o ópio das ideologias progressistas, talvez como forma de se sentir bem consigo mesmo. Essas questões atingem a vida do americano comum que tem que lidar diariamente com a queda da sua renda, com a violência de parte dos imigrantes ilegais, com as ameaças terroristas e com a crescente falta de liberdade de expressão. Após 8 anos, o cidadão comum encontrou alguém que pelo menos soube entender seus problemas reais, tão bem traduzidos no slogan de campanha: “Make America Great Again”. Resta saber se Trump conseguirá fazer um bom governo. Tomará que sim. Seria bom para os americanos e para o mundo, mas não para aqueles que enxergam a política como um grande fla- flu.
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