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Adeus à forma tradicional de fazer carreira

Em tempos de incertezas políticas e econômicas, a oferta de empregos formais e a possibilidade de desenvolver carreiras tradicionais durante longo tempo nas mesmas empresas são oportunidades cada vez mais remotas. Os empregos celetizados diminuíram em 4,5% na comparação com o 2o trimestre de 2015 (SEADE, 2016) e profissionais com anos de experiência viram suas histórias mudarem da noite para o dia.
Por  Ana Brendo
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Em tempos de incertezas políticas e econômicas, a oferta de empregos formais e a possibilidade de desenvolver carreiras tradicionais durante longo tempo nas mesmas empresas são oportunidades cada vez mais remotas. Os empregos celetizados diminuíram em 4,5% na comparação com o 2o trimestre de 2015 (SEADE, 2016) e profissionais com anos de experiência viram suas histórias mudarem da noite para o dia.

Enquanto isso, a oferta de cursos presenciais cresce no Brasil. Dados mais recentes divulgados pelo Governo informam a existência de mais de 20,9 mil cursos superiores oferecidos por 2.070 instituições de ensino superior privadas (HOPER, 2016). No que se refere às formações mais tradicionais, Ciências Contábeis sobressai como o quarto curso com maior número de alunos no País, com 358.452 matrículas (4,5%) – atrás dos cursos de Direito, Administração e Pedagogia assumindo a dianteira dos cursos ligados ao nicho de Negócios e Finanças (Censo da Educação Superior 2015).

Se a oferta de vagas é uma tendência crescente, o mesmo não ocorre em relação à oferta de empregos formais – seja no primeiro, segundo ou terceiro setor – itens cada vez mais raros, que por sua vez também experimentam mudanças. Uma pesquisa desenvolvida pela consultoria Robert Half (Guia Salarial 2017) junto a 100 CFOs (chief finance officer) diz que os três principais motivos para a rotatividade na área de Finanças, especificamente, são: crescimento na carreira (42%), busca por maior remuneração (30%) e mais qualidade vida (12%).

Isto sinaliza um novo cenário, em que os profissionais estão cada vez mais insatisfeitos, em busca de novos desafios, de qualidade de vida e de longas carreiras desenvolvidas em uma única organização. Mas também deverão preparar-se para aqueles momentos em que não encontrarão empregos formais suficientes e, com isso, precisarão pensar “fora da caixa” para ingressar ou mesmo manter-se no mercado de trabalho, chegando a desenvolver carreiras adicionais, em um certo “malabarismo profissional” para garantir os recursos desejados para suas famílias.

Fato é que o emprego tradicional está por acabar – como alerta o economista e sociólogo norteamericano Jeremy Rifkin, para quem os empregos vão desaparecer até 2020. Mais do que nunca, será preciso abrir os olhos e a mente para uma nova forma de pensar e desenvolver sua carreira. Afinal, o que você está fazendo por ela?

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