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Carros elétricos – num futuro MUITO DISTANTE de nós!

A verdade sobre carros elétricos /híbridos, aqui no mercado tupiniquim!
Por  Raphael Galante
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

No mês passado, a Volvo fez uma declaração dizendo que lá para 2019 todos os carros produzidos pela montadora serão de carros elétricos ou híbridos.

Aí, logo depois, já na terra da “highlander” rainha Elizabeth II, aponta-se que lá para 2040 todos os carros a combustão serão banidos do Reino Unido!

Isso foi o suficiente para o mercado se “ouriçar”, apontando que o mundo dos Jetsons chegou! Que os carros elétricos/híbridos seriam a nova revolução além dos carros autônomos; que o Elon Musk é “o cara” e  blá, blá, blá… e mais um monte de blá!

Mas vamos mostrar a nossa visão “rodriguiana”: A VIDA COMO ELA É!

Lá na terra do Tio SAM, no mercado mais competitivo para a indústria automotiva, onde projeta-se um volume próximo a 17 milhões de carros, os chamados carros elétricos/híbridos representam 3% do mercado.

 

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Desses 17 milhões de carros vendidos, 500 mil são de “carros verdes”. Ou seja, nada!

E aqui no mercado Tupiniquim?

Bom… para fazer uma leitura mais fidedigna, fizemos um levantamento das vendas de todos os carros elétricos/híbridos nos últimos 10 anos!

O lado bom desse levantamento é que eu não me lembrava mais como aumentar a quantidade de casas decimais. Tivemos que trabalhar com “quatro” casas decimais.

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Como você pode ver, ele saiu de nada em 2007, ficou próximo ao nada durante muito tempo e, se tudo ocorrer bem, ele fechará esse ano com participação de 0,14% sobre o total vendido. Estamos falando de 2,9 mil carros vendidos neste ano. Uauuuuu!

O mercado americano é ligeiramente melhor por algumas diferenças óbvias. Pegando, por exemplo, um Toyota Prius, que nos EUA custa US$ 21mil. Considerando sua renda média na casa de US$ 52 mil, o americano médio vai precisar de apenas 5 meses de trabalho para comprar o carro. Mas para que ele vai comprar o carro se ele TEM CRÉDITO?  Ele provavelmente vai fazer um leasing e pagar US$ 180 por mês. Mas isso é outra história.

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Já aqui no Brasil, o mesmo carro custa R$ 126 mil e, como o brasileiro médio ganha R$ 14,7 mil, só vai precisar de nove anos para comprar o carro.

Mesmo imaginando a redução de custos do veículo, algum benefício tributário, a volta do crédito, melhora significativa na renda do brasileiro (hahahahaha); iremos chegar a 3% de participação de mercado, na virada do próximo século!

Mas aí você diz, lá na terra da rainha highlander, eles estão banindo os carros a combustão… sim, mas é preciso levar em consideração aquelas aulas de história de antigamente, onde se separavam os mundo em países de primeiro, segundo e terceiro, mundo.

 

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Lá nos países de primeiro mundo, a situação é diferente.

O que pega, na real, lá “nas europa” é uma preocupação na redução de poluentes. Um carro médio europeu gera algo próximo a 130g a 135g de CO² por quilômetro rodado, enquanto aqui um carro médio gera de 110g a 115g de CO² por quilometro rodado.

A meta deles é reduzir as emissões em uns 25% ,chegando a 95g de CO². Mas como farão isso?

Vai ter que ser na base de carros elétricos e híbridos. Não terá outro jeito e, por isso, as medidas tomadas pela Volvo e pelo Reino Unido.

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E aqui?

Bem… vocês viram que nós geramos bem menos CO² do que os europeus. Isso ocorreu devido a utilização do Álcool, como combustível. Além disso, o carro “flex” ainda é recente na nossa história.

Se o Brasil – REALMENTE – quiser fazer um plano de redução de emissão de poluentes, conseguiríamos fazer com mais eficácia e mais rápido do que o pessoal do primeiro mundo. Uma política SUSTENTAVÉL para o setor sucroalcooleira; somado com uma política de P&D no desenvolvimento de motores, geraria no médio prazo a redução de poluentes a níveis melhores que eles pretendem chegar. O Inovar-Auto, com toda as suas capenguices, conseguiu gerar motores mais eficientes; e agora com o Rota 2030, sabe lá Deus o que vai ser . Além disso, existe o biodiesel, mas isso também á é outra história…

Carros elétricos/híbridos aqui no Brasil não será uma tendência (com representatividade – tipo 5% das vendas). A nossa realidade é bem diferente do pessoal “das Europa”, seja ela cultural ou financeira. Existe aqui uma vantagem importantíssima, que é álcool como combustível e, além de sermos “mestres” na tecnologia, somos o segundo maior produtor de álcool do mundo.

O carro elétrico aqui no Brasil ficará mais para o público hipster…

 

E aí, o que achou? Dúvidas, me manda um e-mail aqui.

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Raphael Galante Economista, atua no setor automotivo há mais de 20 anos e é sócio da Oikonomia Consultoria Automotiva

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