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“Porto seguro” para 2018, setor tem turbulência no fim de 2017: abre-se uma oportunidade de compra?

Fibria e Suzano registram forte queda nas duas últimas semanas - mas, para o BTG, esta é uma oportunidade de entrar nos papéis
Por  Lara Rizério
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

SÃO PAULO – Queda de 18% em nove pregões para a Fibria (FIBR3), que não sabe mais o que é subir na bolsa desde o dia 21 de novembro. No mesmo período, as ações da Suzano (SUZB3) já caíram cerca de 14% no mesmo período, registrando uma tímida alta somente na última sexta-feira (1).

As ações, que vinham em um forte movimento de ganhos e eram vistas como um dos portos seguros em meio à volatilidade prometida para 2018, não param de cair na bolsa, entre análises que corroboram este cenário negativo e aquelas que mostram contrariedade com tal avaliação. 

No final de novembro, o otimismo do mercado começou a diminuir e, logo em seguida, os analistas do Santander destacaram alguns motivos para tanto – e que reforçaram as revisões de recomendações para esses dois ativos. 

Os analistas Renato Maruichi, Pedro Miguel Pereira e Nicolas Schild destacaram: os preços médios da celulose em 2018 devem ficar acima dos de 2017. Contudo, haverá “uma correção está em andamento devido ao excesso de oferta e à ciclicidade”. Assim, o primeiro trimestre do ano que vem já deve suscitar uma correção em meio ao nício do projeto Horizonte 2 da Fibria e Oki/APP, além da retomada do Guaíba 2 da CMPC.

Altamente correlacionadas com o preço da celulose, os papéis de Fibria e Suzano deveriam sofrer, o que levou a uma revisão na recomendação do Santander para os dois papéis de compra para manutenção, com preços-alvos respectivos de R$ 57,00 e R$ 27,00 para os ativos. 

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Reforçando o coro, esteve o time de análise do Credit Suisse que, na última sexta-feira, revisou também as suas estimativas para equivalente à manutenção para os dois papéis, mas cortando os preços-alvos de FIBR3 de R$ 60 para R$ 48 e de R$ 24 para R$ 20 para a SUZB3.

Em reuniões na China, o analista Ivano Westin apontou também ter ficado com uma impressão mais negativo para o preço da celulose no curto prazo.  Agora, os analistas do banco esperam o preço em 2018 de US$ 646 a tonelada, versus US$ 749 a tonelada na previsão anterior, antes de haver uma recuperação no biênio 2019-20. “Com essa revisão, as estimativas de Ebitda cairam entre 5 e 10% no próximo ano”, apontam os analistas, o que suscitou a revisão.

BTG: não concorda com o pessimismo atual

Enquanto os analistas do Santander e do Credit mostraram maior ceticismo com o cenário de curto prazo para os papéis, os analistas do BTG Pactual destacaram ver a queda como injustificada e assim, questionam: “alguém pode explicar esse sell-off?”

Segundo os analistas Leonardo Correa e Gerard Coure, os fundamentos não se deterioraram nos últimos dias. Eles apontam que um dos motivos para a baixa é a percepção de que os preços da celulose irão para baixo e também por ajuste de portfólio. 

Contudo, apontam, embora este seja ainda um negócio cíclico (e os preços cairão), os analistas do banco veem uma maior probabilidade de revisão para cima dos lucros ao invés de queda, por alguns motivos principais: além de verem um cenário para oferta devendo permanecer apertado nos próximos anos, o real está se depreciando novamente (o que é bom para as duas companhias, que têm suas receitas atreladas ao dólar). Uma opção de fusão e aquisição também não pode ser descartadas. 

“Nossa tese construtiva esta inalterada e a perspectiva é promissora. Enquanto os investidores esperavam um crash nos preços em 2018, acreditamos que esse
cenário é improvável. Apesar de anteciparmos alguma queda no ano que vem, achamos que a correção deverá ser silenciada pela perspectiva de melhora nos resultados”, apontam, ressaltando que o mercado para o setor permanece muito saudável em meio à demanda chinesa. 

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Assim, os analistas apontam: “somos compradores de Fibria e Suzano em meio a essa queda”, ressaltando a perspectiva de virada operacional da primeira nos próximos trimestres e a performance de custos da segunda. 

Porém, mesmo os que estão mais pessimistas no curto prazo veem de forma positiva o desempenho dos papéis em um prazo mais longo.

O Santander, por exemplo,  reconhece do lado positivo “os valiosos recursos de hedge dessas empresas durante períodos de incerteza política no Brasil, além de melhorias financeiras”. 2018 será especialmente relevante nisso, ainda mais com as perspectivas de volatilidade do dólar, algo também ressaltado pelo BTG Pactual e pelo “mais pessimista” Credit Suisse. O banco suíço, por sinal, aponta que a revisão de recomendação para neutra foi “tática”, com uma visão estrutural de longo prazo positiva com a restrição de papel reciclado e a conversão de algumas plantas da China (apesar disso não ocorrer rápido o suficiente para compensar o aumento da oferta na primeira metade de 2018). 

Desta forma, para aqueles que buscam um hedge para 2018 e veem que esse temor com a queda do preço de celulose como temporário, as ações das duas companhias gritam “me comprem”, conforme ressalta o BTG. A ação da Fibria, por sinal, está na Carteira InfoMoney desde novembro e continua na carteira deste mês (o portfólio completo será revelado em programa da manhã do dia 6 de dezembro. Confira o portfólio do mês anterior clicando aqui).  

Os próximos pregões prometem ser de volatilidade para os papéis do setor. Mas, após a forte queda recente dos ativos, essa pode ser uma boa oportunidade para entrar nos papéis. 

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Lara Rizério Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.

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