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“Varejista campeã” vai de queda de 7% para 1% após balanço – e mostra que pessimismo foi passageiro

Ação da Guararapes chegou a cair forte com alguns números abaixo do esperado e realização de lucros após forte alta - mas cenário para companhia segue positivo 
Por  Lara Rizério
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

SÃO PAULO – Se parecia sem explicação uma queda de 7% apesar do bom resultado apresentada no terceiro trimestre, o ânimo do mercado ajudou a mostrar que o pessimismo com a Guararapes (GUAR3), controladora da Riachuelo, foi passageiro. 

Após chegar a ter baixa de 7,56%, a ação GUAR3  (e que está na Carteira InfoMoney de novembro; para conferir, clique aqui)  diminuiu fortemente as perdas e fechou em leve queda de 1,23%, a R$ 156,00.

Olhando cruamente os números de julho a setembro, a forte queda não seria justificada. A companhia reportou um lucro líquido de R$ 50,4 milhões no terceiro trimestre de 2017, crescimento de 183,2% ante o mesmo período de 2016. Já no acumulado dos primeiros nove meses do ano, o lucro da Guararapes foi de R$ 243,3 milhões, montante equivalente a 3,7 vezes o lucro do mesmo período do ano passado.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) atingiu R$ 162,2 milhões entre julho e setembro, alta de 48,7% em um ano e novamente abaixo da projeção do mercado, que era de R$ 178,5 milhões.

Os números foram positivos, mas vieram um pouco abaixo do consenso da Bloomberg, uma vez que os analistas projetavam lucro de R$ 55, 95 milhões e receita de R$ 1,552 bilhão, o que poderia levar a essa baixa. Além disso, aponta Rodrigo Glatt, sócio da GTI, o mercado pode ter antecipado a melhora operacional registrada no balanço: “não é à toa que a ação subiu mais de 150% nesse ano”, afirma o gestor. 

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Para ele, que estava otimista com o balanço, o resultado veio em linha com o esperado, com destaque para o expressivo crescimento de vendas nas mesmas lojas, de 11%, um dado bastante forte (assim como a Renner), além da melhora operacional gradativa com crescimento importante da margem bruta. 

Mas o grande destaque ficou por conta da desalavancagem financeira mais expressiva, atingindo 0,9 vez o Ebitda dos últimos doze meses, ante duas vezes no mesmo período no ano passado. 

Com todo esse cenário em mente, após essa forte queda na bolsa, o que esperar para a Guararapes? De acordo com Glatt, o ambiente segue bastante positivo, com perspectivas otimistas para as vendas no Natal e com a sequência do ritmo de abertura de lojas, que devem atingira a marca de 300 até o final do ano.

Com isso, o movimento é de queda se trata mais de uma realização de lucros após a disparada na bolsa do que propriamente um cenário mais negativo para a companhia. Ainda mais porque, após o resultado Guararapes volta a mostrar que a sua virada continua na bolsa. 

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Lara Rizério Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.

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