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Como foram os resultados da Carteira InfoMoney e o que esperar para os próximos balanços?

Confira o "balanço dos balanços" e o que esperar para duas empresas que estão na Carteira InfoMoney
Por  Lara Rizério
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

SÃO PAULO – Para quem acompanha O Insight do Dia, observa que, sempre que o resultado de empresas da Carteira InfoMoney se aproxima, nós temos soltado as prévias no blog O Investidor de Sucesso. 

Nesta segunda-feira, após o fechamento do mercado, serão divulgados os balanços de Localiza (RENT3) e de Smiles (SMLS3), cujas prévias você pode ver através dos links abaixo: 

SMILES: Além do resultado forte, Smiles pode surpreender com dividendo extra; confira prévia

LOCALIZA: Apertem os cintos: o que esperar do balanço do 3° tri de uma das melhores ações da bolsa em 2017?

Nos próximos dias, serão divulgados os balanços da Guararapes (GUAR3), BRF (BRFS3) e B3 (BVMF3) e Petrobras (PETR4). Em breve, o blog divulgará prévias sobre as quatro companhias. 

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Com relação às empresas da carteira de novembro que já divulgaram seus números, estão a Fibria (FIBR3), Vale (VALE3), RD (RADL3), Usiminas (USIM5), Lojas Americanas (LAME4) e B2W Digital (BTOW3),.

A carteira de novembro já estava disponível aos alunos do curso “Como Montar uma Carteira de Ações Vencedora” desde 31 de outubro (não conhece o curso? Clique aqui!). Para o público em geral, a carteira será apresentado ao vivo na próxima quarta-feira (8) às 14h45 (horário de Brasília). De um mês para outro, algumas ações foram excluídas da carteira, caso de Multiplan (MULT3), Braskem (BRKM5), CCR (CCRO3). 

Balanço dos balanços

Aproveitando a temporada de resultados, o blog divulga o balanço dos balanços da carteira InfoMoney. Confira abaixo

Fibria e Vale entraram na carteira em novembro – ou seja, depois de terem divulgado o balanço. A companhia de papel e celulose, que divulgou seus números no último dia 24, inaugurando a safra de balanços om lucro líquido atribuído aos sócios da empresa controladora de R$ 742,3 milhões no terceiro trimestre de 2017, quase 26 vezes maior do que o registrado no mesmo período de 2016. O lucro líquido consolidado do período totalizou R$ 743,4 milhões, ante R$ 31,7 milhões no terceiro trimestre de 2016.

O resultado dividiu opiniões, mas a visão positiva para a ação continua. O BTG Pactual destacou que o resultado foi bom mas marginalmente abaixo do esperado, com Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) 4% menor que o previsto e 2% abaixo do consenso. Ainda assim, os analistas destacam que a leitura para a frente segue positiva e “momentum” de lucro deve prevalecer, com mais aumentos de preço e a ação segue como “top pick” do banco. O BB Investimentos, por sua vez, destacou que já esperava números expressivos para a companhia e eles vieram acima das expectativas.  impulsionados positivamente por preços de celulose mais altos, além de custos mais baixos, que se converteram em margens mais altas. 

A Vale também divulgou seus números para o terceiro trimestre e, com impulso do preço do minério de ferro, a Vale atingiu um lucro líquido de US$ 2,23 bilhões no terceiro trimestre deste ano, quase quatro vezes maior do que o visto no mesmo período do ano anterior. Outros destaques ficam para o Ebitda ajustado, de US$ 4,192 bilhões, ficando 53,6% acima do segundo trimestre, principalmente em função, além dos maiores preços, dos melhores prêmios nos produtos de alta qualidade de minério de ferro, maiores volumes (US$ 219 milhões) devido ao ramp-up bem-sucedido de S11D e menores custos. Os números foram bastante expressivos, mas em linha com o esperado pelo mercado. 

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A RD, por sua vez, já estava na carteira InfoMoney quando seu resultado foi divulgado, na noite do último dia 26 de outubro. A companhia fechou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 136,49 milhões, resultado 16,8% superior ao apresentado no mesmo período de 2016, enquanto a receita atingiu R$ 3,580 bilhões, uma alta de 17% ante os R$ 3,050 de um ano atrás. Especialistas projetavam receita de R$ 3,421 bilhões. Mas o grande destaque ficou para as margens, que se estabilizaram apesar do cenário desafiador, fazendo com que as ações fossem vistas como “premium” apesar do valuation já considerado alto. Na sessão após a divulgação do balanço, os papéis fecharam com ganhos de cerca de 4%. 

No mesmo dia, destaque para a repercussão de uma ação que vinha em uma tendência de alta, mas caiu forte após a divulgação do balanço do terceiro trimestre: a Usiminas, que viu sua ação cair 6,65% no dia do resultado. O balanço da melhor ação do Ibovespa foi morno e o que pesou na avaliação do mercado foi o Ebitda ajustado da empresa, que atingiu R$ 453 milhões, um pouco abaixo da expectativa dos analistas consultados pela Bloomberg de R$ 460 milhões. Aliado ao balanço de neutro a fraco, uma mensagem do CEO da empresa, em teleconferência  ajudou a puxar uma queda mais forte dos papéis. Isso porque o executivo disse que a empresa não vai conseguir repassar o reajuste de preço que estava previsto até o final do ano. Porém, a carteira InfoMoney segue otimista com a ação, uma vez que a companhia vem tendo uma recuperação dentro do esperado e deve se beneficiar do cenário mais positivo da economia brasileiro. 

Já a B2W divulgou um balanço positivo e conseguiu mostrar que está arrumando a sua casa.  Para 2018, analistas começam a falar em caixa positivo para a varejista. Nas contas do BTG Pactual, a companhia deve mostrar caixa positivo de R$ 704 milhões no 4° trimestre, o que implicará em uma redução de 53% de queima de caixa em 2017; enquanto para o ano que vem, a empresa já deve entregar um caixa positivo de R$ 20 milhões.

O Credit Suisse, por sua vez, fala em caixa positivo somente para 2019, embora também aponte para uma melhora contínua nos números. Para o ano que vem, os analistas do banco comentam que esperam uma queda consistente de queima de caixa, com maiores margens, menor capex (investimentos em bens de capital) e juros mais baixos. Porém, embora o balanço da B2W tenha vindo bom, o mercado já tinha antecipado uma geração de caixa um pouco melhor. Além disso, o papel foi ofuscado pelo forte crescimento da operadora de mercado eletrônico latino-americana MercadoLibre, que divulgou balanço e surpreendeu o mercado com um rápido aumento de receita no terceiro trimestre. O mercado teme que essa rápida expansão impacte o crescimento da B2W, roubando seu mercado, afirmou o analista  Vitor Paschoal, da Perfin Investimentos. 

Por outro lado, o balanço da Lojas Americanas deixou a desejar. A empresa entregou um trimestre que deve ficar marcado por um número modesto de vendas, margens estáveis e queima de caixa, comentam os analistas do Credit Suisse. Para eles, apesar do Ebtida em linha com o esperado (crescimento de 6% na comparação anual), o lucro líquido veio bem abaixo das estimativas. Apesar do balanço sem brilho, os analistas do Credit Suisse apontam que a melhora gradual da economia deve ajudar nos próximos trimestres e que o que parece mais importante para o case é que a gestão está bastante focada em melhorar o fluxo de caixa ao invés do Ebitda. 

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Lara Rizério Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.

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