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Alta de 120% ainda não é o bastante: por que os analistas seguem preferindo Usiminas à Gerdau?

Desempenho da Usiminas é muito superior ao da Gerdau - e o mercado segue otimista com a companhia
Por  Lara Rizério
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

SÃO PAULO – Uma empresa tem alta de 120% no ano – e ainda sem previsão de quando vai parar. Enquanto isso, uma outra companhia do mesmo setor, antes preferida, vê seus papéis avançarem apenas 5% neste ano –  sendo constantemente preterida pelos bancos nas últimas análises. 

Uma companhia é a Usiminas (USIM5), que mais que dobrou de valor de mercado este ano e está na Carteira InfoMoney desde setembro, enquanto a outra é a apática Gerdau (GGBR4), que teve a recomendação reduzida de compra para neutra nesta quarta-feira pelo Bradesco BBI. 

Há algumas explicações bastante contundentes de por que essa diferença de visões e desempenhos sobre as duas companhias. O atual momento é de recuperação mais consistente dos aços planos (que possuem maior relação com o consumo e que são geralmente os primeiros a se recuperar) do que para os aços longos, usados na infraestrutura, por exemplo. Ou seja, há uma visão mais positiva para a Usiminas do que para a Gerdau. Desta forma, dado o seu portfólio, a Usiminas tem um beta-alto para a sua ação – ou seja, é bastante sensível às variações tanto positivas quanto negativas do Ibovespa. Quando o índice sobe, a ação da empresa sobe muito mais. Assim, com o Ibovespa renovando máximas, os papéis USIM5 também disparam.

Além disso, um dos fatores visto antes como força da Gerdau acabou não se concretizando. Em novembro de 2016, logo após a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, a Gerdau entrou em uma trajetória de forte alta com a expectativa pelo programa de infraestrutura de US$ 500 bilhões do presidente americano, uma vez que a siderúrgica tem uma grande exposição nos EUA. Porém, os planos sobre o assunto ainda não se evoluíram e foram deixados em segundo plano pelo mercado. 

“Estamos menos otimistas quanto ao momento da retomada efetiva das obras de infraestrutura, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, dificultando a recuperação de margens. Por conta disso estamos adotando premissas mais conservadoras em nossos modelos de valuation para a Gerdau”, apontaram os analistas do Bradesco BBI em relatório em que reduziu a recomendação da companhia para neutra. Além da recomendação, o preço-alvo foi cortado de  R$ 18,00 para R$ 12,00. 

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Por outro lado, os analistas do banco reiteraram a Usiminas como top pick do setor, elevando o preço-alvo para os ativos USIM5 de R$ 10 para R$ 12 – o que representa um potencial de valorização de 39% frente o fechamento da última terça-feira. 

Mas não foi só o Bradesco BBI a destacar visão positiva a Usiminas. Após dias de queda para a siderúrgica na semana passada – na segunda-feira, 25 de setembro, as ações USIM5 caíram mais de 12% – o Bank of America Merrill Lynch foi categórico: estava se desenhando uma boa oportunidade para comprar as ações. Desde o dia 27, quando o relatório foi divulgado, as ações já subiram quase 9%. No documento, os analistas ainda revisaram o preço-alvo para cima, a R$ 12,50, oferecendo um potencial de valorização de 44% na comparação com o fechamento de terça. 

Segundo o banco, a empresa está muito bem posicionada para aproveitar a recuperação econômica do Brasil e está em momentum positivo em termos de resultados. Além disso, também em um processo acelerado de desalavancagem, o que traz um alívio quanto ao andamento das dívidas da siderúrgica, que era uma das principais críticas dos investidores.

Assim, apesar da performance muito superior (115 pontos percentuais!) da Usiminas sobre Gerdau, os analistas do BofA não acham que acabou. Não que eles estejam pessimistas com a Gerdau, o que se reflete no preço-alvo de R$ 14 para os ativos –  representando um potencial de valorização de 22% frente ao fechamento da véspera. Contudo, para eles, a ação GGBR4 é uma história para o biênio 2018-2019. Agora, para o banco, é a hora da Usiminas. 

Como destacado acima, a ação da Usiminas está na Carteira InfoMoney desde o início de setembro, com elevação da exposição em outubro. Agora, apesar das perspectivas positivas, o analista da carteira, Thiago Salomão, avalia pontos de realização de lucro. Para acompanhar as movimentações da carteira em tempo real, é só fazer parte do grupo de alunos do curso “Como Montar uma Carteira de Ações Vencedora” (não conhece o curso? Clique aqui!). Nesta quarta-feira, foi divulgado o novo portfólio recomendado, que ficou disponível para o público em geral para download na página do guia Onde Investir 2017 (clique aqui para acessar a página).

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Lara Rizério Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.

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