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O que o “sell-side” gosta e não está refletido nos preços? Duas ações chamam a atenção do Santander

Após estudo realizado pelos estrategistas do banco comparando o P/FV histórico e o corrente, o banco destacou as ações das Lojas Americanas e da Equatorial
Por  Lara Rizério
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

SÃO PAULO – Quando você decide investir em uma ação de olho nos fundamentos, os dados da companhia, o segmento em que ela está inserida e as perspectivas para o futuro devem estar no radar. Porém, outra questão importante é saber se o papel está descontado ou se está próximo do seu preço-justo e do seu histórico. 

Pensando nisso, os estrategistas do Santander Daniel Gewehr e Joao Noronha construíram uma análise para encontrar quais são as diferenças entre os valores justos no “sell-side” (segmento em que os profissionais “vendem” relatórios sobre a atual situação da empresa) e a percepção do valor das empresas (ou seja, aos preços atuais) nos últimos cinco anos pelo “buy-side” (nome dado àqueles que “colocam o dinheiro no mercado”, como os gestores de fundos). Neste cenário, duas empresas chamaram a atenção dos estrategistas, por negociarem a um preço abaixo do valor justo histórico. São elas: Lojas Americanas (LAME4) e Equatorial (EQTL3).

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Ao olhar para o índice, os estrategistas ainda apontaram que o consolidado do Ibovespa no preço atual versus o valor justo (ou o P/FV) é de 82% (ou seja, oferece um potencial positivo de 22%, ligeiramente superior à média histórica de 78%). 

O estudo aponta quais empresas estão com a maior diferença negativa entre o P/FV corrente e a média histórica, apontando para a percepção de que podem estar subvalorizadas ou abaixo da percepção histórica de valor. São elas:  Eletrobras (ELET3;ELET6), Lojas Americanas (LAME4), Embraer (EMBR3), Equatorial, Petrobras (PETR3;PETR4), Gerdau (GGBR4), Usiminas (USIM5) e Cosan (CSAN3). E, ao realizarem uma seleção, apontam para Lojas Americanas, Equatorial, Usiminas, Petrobras e Cosan, com especial atenção para LAME4  e EQTL3. O quadro completo pode ser visto abaixo: 

Preço corrente das companhias versus valor justo: ranking pela diferença negativa entre o atual versus o histórico

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Já as outras empresas que apresentam a maior diferença de relação do preço com relação ao valor justo atual versus o histórico e que podem ser percebidas como caras são: Qualicorp (QUAL3), Bradespar (BRAP4), Ecorodovias (ECOR3), Lojas Renner (LREN3), Energias do Brasil (ENBR3), Telefônica Brasil (VIVT4) e MRV (MRVE3).  Segue a lista completa abaixo:

Preço corrente das companhias versus valor justo: ranking pela diferença positiva entre o atual versus o histórico

Neste cenário, as empresas com uma relação negativa mais alta entre o preço atual e o histórico, representando um potencial maior de alta com base nesse critério, são a Eletrobras, Cosan, Petrobras, Gerdau, Rumo Logistica (RAIL3) e Lojas Americanas. Já as que apresentam uma relação positiva mais alta entre os dois indicadores (ou menor “upside”) são:  Qualicorp, Lojas Renner, Weg (WEGE3), Multiplan (MULT3), RD (RADL3), Hypermarcas (HYPE3), Ambev (ABEV3), Ecorodogias (ECOR3) , Engie Brasil (EGIE3) e Natura (NATU3), de acordo com a análise do Santander. Nos quadros abaixo, é possível observar o ranking das companhias através da menor relação entre o P/FV versus a média histórica e da maior relação entre os dois. 

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O que esta lista feita pelo Santander aponta? Ela dá alguns sinais de que algumas ações podem ter subido já o bastante, enquanto outras podem ter caído demais e mostram oportunidades de compra. Porém, conforme o próprio banco apontou, é importante fazer uma seleção de quais empresas e, neste caso, os estrategistas destacam Lojas Americanas, Equatorial, Usiminas, Petrobras e Cosan, com atenção para as duas primeiras.

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Lara Rizério Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.

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