STOCK PICKERS NO AR Halving: o Bitcoin vai explodir ou implodir? Entenda o que realmente deve acontecer

Halving: o Bitcoin vai explodir ou implodir? Entenda o que realmente deve acontecer

Fechar Ads

“Valor menos dívida”: a equação que mostra por que a Petrobras ainda vale o mesmo que em 2015

O valor da companhia é o menor desde o início de 2015, apesar de toda a melhora da empresa experimentada nos últimos meses
Por  Lara Rizério
info_outline

Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

SÃO PAULO – “Quanto você pagaria por um carro que vale R$ 100 mil com R$ 80 mil em dívidas?” Essa é analogia usada pela XP Gestão para explicar por que, mesmo com uma alta de 50% e de toda a melhora, o valor da Petrobras (PETR3;PETR4) é o menor desde o início de 2015. Ou seja, a ação está atrativa. 

Em relatório para comentar o desempenho no mês de abril, a XP Gestão destacou o excelente trabalho do CEO (Chief Executive Officer) Pedro Parente e do CFO (Chief Financial Officer) Ivan Monteiro dentro da companhia. 

Porém, apontam que, com a nova fórmula de gasolina e diesel (você pode saber mais sobre ela clicando aqui), a ação no curto prazo acompanha o preço do petróleo. “Se compararmos as ações da Petrobras em dólar com o petróleo, veremos que eles andaram de forma parecida. O problema é que o petróleo está caindo 10% em reais dada a valorização do real este ano”. Vale destacar que as ações da companhia não estão na bolsa este ano, após um 2016 de forte alta dos papéis. As ações ON caem 14%, enquanto os ativos PN registram baixa de cerca de 6% no ano. 

Receba os “Insights do Dia” direto no seu e-mail! Clique aqui e inscreva-se.

Por outro lado, se a valorização da moeda fez o petróleo cair mais em reais, há um lado bom nessa história, aponta a XP Gestão. O copo “meio cheio” é que a valorização da moeda fez a dívida da empresa, em sua maioria dolarizada, cair.

E é ai que entra a analogia entre o carro e a estatal. “Façamos um paralelo: quanto você pagaria por um carro que vale R$ 100 mil e tem R$ 80 mil de dívida? 20 mil, correto? Se somarmos o valor da dívida com o valor de mercado da Petrobras estamos calculando, na metáfora, quanto o carro vale. Esse valor é o menor desde o início de 2015, apesar de toda a melhora da empresa”, afirmam os gestores, conforme destacado no gráfico abaixo:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Vale destacar que de 2012 ao final de 2014, as dívidas passaram de R$ 181 bilhões para R$ 332 bilhões e, no final de 2015, ela chegou a superar os R$ 500 bilhões. Além da valorização do dólar, a defasagem nos preços de combustíveis na época e os investimentos em atividades pouco rentáveis, como em novas refinarias no Nordeste, levaram a um aumento tão expressivo da dívida. Agora, com a nova política de preços, venda de ativos e o cenário para o dólar, a trajetória é de redução da dívida.

Contudo, próprio Pedro Parente, na época da divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2017, fez questão de frisar que a dívida da companhia ainda é muito alta, na casa dos US$ 100 milhões. Ou seja, a companhia está no caminho certo, de acordo com avaliação de participantes do mercado, mas não pode deixar de fazer a lição de casa. Por outro lado, olhando para a trajetória desenhada, os papéis seguem bem atrativos. 

Gostou desta análise? Clique aqui e receba-as direto em seu e-mail!

Lara Rizério Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.

Compartilhe

Mais de Thiago Salomão

Thiago Salomão

Os 6 rounds do histórico embate entre Marcio Appel e Rogério Xavier

De um lado, a gestora que teve uma das ascensões mais meteóricas da história do mercado brasileiro; do outro, uma gestora de 8 anos de história que de tanto sucesso teve que "se internacionalizar"; com princípios tão diferentes e opiniões distintas de investimento, os fundadores da Adam Capital e da SPX reforçaram uma lição valiosa para o público: não existe uma fórmula mágica de sucesso no mercado, muito menos "certo" ou "errado"