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O impasse gráfico do S&P500: está tão bonito para cair, que de tão belo ele não cai

O fato é que o índice mais acompanhado no mundo, o S&P500, testou novamente uma região de suporte muito importante nos 1.812 pontos; eu diria que o índice está tão bonito para cair, que o preço costuma contrariar tal beleza, ou seja, tão lindo que não cai
Por  Raphael Figueredo
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Publicado no dia 27 de julho de 2015, o artigo “Corram para as colinas” ficou marcado não só pelo título dramático, mas também pela maneira objetiva que foi postado os 4 principais fatores (mais técnicos) que conduziram todo o processo de queda do mercado até hoje visto. Alinhando a mesma estrutura de pensamento, será que podemos pensar na mesma maneira, só que com o mercado lá fora?

O epicentro agora são os Estados Unidos. A maior locomotiva do mundo caminha sobre uma corda bamba, que tem se mostrado difícil de romper. Tais consequências seriam (ou serão) desastrosas para o bom andamento da economia mundial, que já passa por dificuldades. É o Japão com taxas de juros negativas, a China com seu ajuste voltado para uma economia de mercado e a Europa, que apesar dos incentivos, não consegue ainda dar o grande salto na sua atividade.

O preço é sagaz e age sob as expectativas futuras. Estaria o mercado vendo algo que a economia real ainda não conseguiu captar? O fato é que o índice mais acompanhado no mundo, o S&P500, testou novamente uma região de suporte muito importante nos 1.812 pontos. Eu diria que o índice está tão bonito para cair, que o preço costuma contrariar tal beleza, ou seja, tão lindo que não cai.

Os sinais mais “micros” do SP500 sinalizam respiro para os próximos dias. A combinação dos dois fundos já confirmados sobre o suporte citado nos 1.812 mostra que o mercado tende a manter esse clima de recuperação para os próximos dias, rumo aos alvos em 1.881 depois 1.956 pontos, na sequência. É aquele momento clássico que o curto prazo (micro) contraria o movimento de longo prazo (macro).

Apesar do cenário de melhora, o SP500 está longe de se mostrar numa retomada da tendência de alta. Um estudo mais aprofundado do mercado americano mostra que os investidores ainda estão preocupados. O mercado se desalavancou e correu para segurança. O gráfico a seguir mostra que a relação (força relativa) NASDAQ/SP500 (linha vermelha) ainda é mais baixa desde fevereiro dese ano, mesmo com a recuperação do mercado na última sexta feira (12).

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Conclusão
Comparo os índices americanos com as olimpíadas do Faustão – A ponte do rio que cai. Por mais que receba tiros de todas as partes do mundo, o mercado tenta atravessá-la sem cair. O equilíbrio desta travessia sem desastre está atrelado 100% a recuperação do mercado de commodities, especialmente o petróleo. Veja no gráfico acima que há uma forte divergência entre o preço e o indicador IFR (índice de força relativa), tal movimento sustenta a ideia de que um repique, isto é, um movimento contra a tendência deverá se manter por mais algum tempo até o fluxo macro voltar a imperar ditando uma tendência principal.

O Ibovespa deverá seguir na mesma direção dos EUA. Por aqui todos os objetivos de baixa já foram alcançados e se tiver que surpreender deverá ser para cima, porque para baixo todos nós já conhecemos. Vai depender da performance do SP500 na “Ponte do Rio que Cai”. Devemos todos ficar de olhos atentos ao comportamento do petróleo e o suporte do SP500 1.812.

Os detalhes destes gráficos e as recomendações de compra e venda para a semana falarei AO VIVO no DOMINGO COM RAFI às 21hs aqui na InfoMoneyTV. Compareça!

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