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SÃO PAULO – Sebastião Ferreira, ex-motorista do Banco do Brasil (BBAS3), disse em depoimento ao MPF (Ministério Público Federal) ter transportado durante o expediente dinheiro vivo a mando do presidente da instituição, Aldemir Bendine, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo.
Ferreirinha, como é conhecido, disse que, em certa ocasião, saiu de um prédio na região dos Jardins, em São Paulo, com uma bolsa repleta de notas de R$ 100, que foi entregue a Marcos Fernandes Garms, amigo de Bendine. A relação entre eles não foi, contudo, esclarecida.
Bendine recentemente pagou R$ 122 mil de multa ao Fisco para interromper uma investigação sobre sua evolução patrimonial. Ele entrou no radar da Receita em 2010, após comprar no interior paulista um apartamento avaliado em R$ 200 mil, pago em dinheiro vivo. Ele foi autuado por não comprovar a procedência de cerca de R$ 280 mil informados em sua declaração de Imposto de Renda (IR). Para a Receita, o valor dos bens aumentos mais do que os rendimentos declarados poderiam justificar.
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Bendine nega a acusação de Ferreirinha. O ex-motorista foi contrato, em 2002, para a campanha do ex-presidente Lula e passou a trabalhar para a presidência da república em São Paulo até 2007.
A investigação sobre o assunto está sendo realizada pelo Ministério Público Federal e é sigilosa para preservar a investigação e proteger a testemunha, com a procuradoria apurando indícios de lavagem de dinheiro, cruzando informações da Receita Federal e de instituições financeiras. Segundo o jornal O Globo, não está descartada a convocação de Bendini e de Marcos Fernandez Garms para prestarem depoimento.
Em nota divulgada pelo Banco do Brasil e revelada pelo O Globo, a instituição informou não ter sido notificada. “O Banco do Brasil informa que não foi notificado sobre qualquer processo investigatório em curso a respeito de seu presidente, no Ministério Público Federal. O Banco também afirma que outros 12 órgãos públicos fiscalizatórios — dentre eles, o Ministério Público do Estado de São Paulo, o TCU e a Comissão de Ética da Presidência da República — arquivaram denúncias semelhantes, recebidas de entidades inexistentes ou de fontes escondidas pelo anonimato”.
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