Zona do Euro aceita recapitalização de bancos e que fundos comprem dívida

Para que fundos injetem recursos nos bancos será preciso criar um único mecanismo de supervisão das instituições na região

Fernando Ladeira

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SÃO PAULO – O primeiro dia de reuniões na Zona do Euro surpreendeu o mercado, que esperava um encontro de cúpula sem grandes novidades. Após cerca de 14 horas de discussões, os líderes da região discutiram a recapitalização direta dos bancos e a compra de títulos públicos de países membro da região.

Segundo comunicado emitido pelo Conselho Europeu, a injeção direta de recursos nas instituições financeiras deve ocorrer via o fundo permanente de resgate, o ESM (Mecanismo Europeu de Estabilização), logo que um mecanismo de supervisão único para os bancos da região seja estabelecido. “Nós pedimos ao Conselho para considerar essas propostas em caráter de urgência até o fim de 2012”, informa.

Por outro lado, também ganha destaque a possibilidade dos fundos de resgate temporário e permanente serem usados para comprar títulos públicos. “Nós afirmamos nosso forte compromisso em fazer o que for necessário para garantir a estabilidade financeira da Zona do Euro, em particular ao usar os instrumentos existentes do EFSF/ESM de uma maneira flexível e eficiente para estabilizar os mercados”, complementa o documento. Essa compra de títulos seria feita com base em alguns termos – como a necessidade do país respeitar os desequilíbrios macroeconômicos -, que devem se refletir em um memorando de entendimentos.

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Além do mais, o BCE (Banco Central Europeu), que eventualmente compra títulos públicos de países em crise no mercado secundário, será o responsável por conduzir as operações de mercado dos fundos de resgate. Essas decisões serão implantadas na reunião dos ministros de finanças, em 9 de julho, conclui o comunicado.

Por fim, o grupo também decidiu por um plano de € 120 bilhões para estimular o crescimento econômico e a criação de empregos. Contudo, o montante é levemente inferior aos € 130 bilhões que Alemanha, França, Itália e Espanha haviam pedido no início da semana.