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SÃO PAULO – A crise financeira mostra sinais nas indústrias do Distrito Federal. Uma pesquisa divulgada pela Fibra (Federação das Indústrias do Distrito Federal) mostrou que 47,6% dos empresários entrevistados consideram este momento econômico ruim ou muito ruim para a sua região. Apesar deste resultado, de acordo com a avaliação da entidade, este grau de insatisfação é considerado leve, por afetar menos da metade dos empresários.
O levantamento foi respondido por 125 empresas que atuam no Distrito Federal e divulgado pelo presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/DF e da Fibra, Antonio Rocha.
Para Rocha, o principal impacto foi na confiança do consumidor, que acabou reduzindo a demanda de compras nos últimos meses. “No Distrito Federal, as demissões não acontecem no ritmo de outros estados, em que a insatisfação empresarial ultrapassa os 50%. Também percebemos um leve otimismo em relação ao faturamento das empresas”.
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Como resolver?
Além disso, a pesquisa também constatou que, para 93% dos empresários consultados, as soluções para sair da crise no Distrito Federal seriam a redução e a racionalização da carga tributária, considerada uma das maiores do País.
Segundo Rocha, já existem projetos em negociação com o governo do Distrito Federal em tramitação na Câmara Legislativa local para reduzir, por exemplo, a alíquota de produtos importados, atualmente de 17%, para 12%.
“Precisamos atrair o consumidor interno com a redução de custos. Para isso, é preciso desonerar as empresas e permitir uma competitividade igual à dos outros estados”. Rocha lembrou também que alguns empresários chegaram a sair da região por causa de diferenças tributárias.
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Outra solução para amenizar a crise apontada por 91,7% dos empresários é o aumento da qualidade e produtividade industrial do Distrito Federal. Em seguida, aparecem a desburocratização, com 89,1% das opiniões, e a ampliação da infraestrutura industrial, com 88,9%.
MEI
Os dados revelaram ainda que 80% dos empresários também querem o fim da informalidade. “O Distrito Federal será um laboratório para a implantação do MEI (Microempreendedor Individual), que representa uma oportunidade de crescimento da capacitação e cidadania”, disse Rocha.
Sobre a pesquisa
De acordo com o assessor econômico da Fibra, Diones Cerqueira, a pesquisa por amostragem tem margem de erro de 3%, num universo de 4 mil indústrias do Distrito Federal.