JPMorgan abandona tese compradora de 7 anos e recomenda: venda ações a qualquer sinal de rali

Estrategista do banco deixa tese de "usar mergulhos do mercado para comprar ações" e alerta para piora considerável do risco/recompensa dos papéis

Paula Barra

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SÃO PAULO – O JPMorgan está recomendando aos investidores venderem ações a qualquer sinal de respiro que a Bolsa der. Essa é a primeira vez em 7 anos que o banco americano abandona sua tese de “usar os mergulhos do mercado para comprar oportunidades”. 

“Nossa visão é que o risco/recompensa das ações tem piorado consideravelmente. Em contraste com os últimos sete anos, quando defendemos usar os mergulhos do mercado para comprar oportunidades, nós acreditamos agora que qualquer sinal de rali da Bolsa é para vender”, disse Mislav Matejka, estrategista de renda variável do JPMorgan, em relatório obtido pelo site americano Market Watch.  

Ao lado de indicadores técnicos, as expectativas de anêmicos lucros das empresas americanas, combinadas com a trajetória de queda da atividade manufatureira nos Estados Unidos e contínua fraqueza das commodities têm ajudado a aumentar esses “sinais vermelhos” no mercado, disse.

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Nós tememos que a temporada de balanços do 4° trimestre não irá fornecer muita tranquilidade para as ações”, comentou o estrategista. Se as perspectivas se materializarem, esse será o pior trimestre de LPA (Lucro Por Ação) das empresas em um ciclo de alta, avalia. 

A correlação positiva entre os preços do petróleo e os ganhos das empresas sustentados por ganhos do dólar – que tem relação inversa com os resultados – também vai ajudar a trazer um peso a mais no mercado, acrescentou. Nesta terça-feira, o preço do petróleo vai para perto do menor patamar em 12 anos, com estoques de petróleo bruto mais alto nos EUA, piorando o excedente da oferta mundial. O petróleo WTI para fevereiro caía 2,5%, para US$ 30,62 o barril em Nova York, enquanto o Brent para fevereiro recuava 1,8%, para US$ 30,99 o barril na bolsa ICE Futures Europe, depois de tocar mais cedo os US$ 30,43, no patamar mais baixo desde abril de 2004. 

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