Home Broker de renda fixa estará ativo em até quatro meses, diz ABBC

O Home Broker de renda fixa, com estrutura montada pela Cetip, visa ser um sistema eletrônico onde os bancos de pequeno e médio porte poderão oferecer seus papéis para os clientes via internet

Arthur Ordones

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – O Home Broker de renda fixa, com estrutura montada pela Cetip, visa ser um sistema eletrônico onde os bancos de pequeno e médio porte poderão oferecer seus papéis para os clientes via internet. A plataforma deve ficar ativa em até quatro meses, de acordo com Renato Oliva, presidente da Associação Brasileira de Bancos (ABBC),  que reúne as instituições de pequeno porte do mercado.

Segundo o Oliva, a plataforma não irá oferecer somente o serviço de compra e venda de CDBs, mas sim também de Letras de Câmbio, LFTs (Letras Financeiras do Tesouro), LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio). “Inicialmente serão operados somente CDBs e Letras de Câmbio, mas logo os outros serviços serão introduzidos”, explicou.

“Essa plataforma é muito interessante, pois ela permite que cada um dos bancos – respeitando a sua política de preços, prazos, volumes e produtos – ofereça essa plataforma para realizar a oferta de investimentos em renda fixa. As corretoras podem entrar nesse sistema por meio de seus sites, capturar as ofertas e oferecê-las aos seus clientes”, disse Oliva.

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As consequências positivas do novo HB
Com o uso do Home Broker de renda fixa, os clientes das corretoras, com apenas um clique ou ligação, poderão distribuir seus recursos na compra de títulos de renda fixa de várias instituições financeiras diferentes. Por exemplo, se um cliente tem R$ 500 mil, ele poderá distribuir esse dinheiro em títulos de R$ 50 mil em 10 bancos diferentes.

“Do lado dos bancos de pequeno e médio porte é uma noticia fantástica, pois eles poderão colocar o seu papel à disposição da grande população. Irá permitir também que os bancos melhorem seu portfolio e sua estrutura de captação, deixando-a menos concentrada, pois hoje elas são muito dependentes dos grandes investidores, como assets, fundos de pensão e seguradoras. O legal é distribuir isso aos pequenos investidores”, explicou o presidente.

Outro ponto positivo, segundo Oliva, é que será fortalecida a imagem e o papel do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Ele passará a ser mais conhecido e mais utilizado naquele limite de garantia universal que ele dá. O FGC tem dois papeis importantes, um deles é garantir depósitos de até R$ 250 mil e ser um promotor de maior solidez do sistema financeiro, além de ter bancos médios com um portfolio de captação menos concentrado, o que aumenta a liquidez do sistema financeiro.

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Educação financeira
Mais uma consequência positiva dessa plataforma é a educação financeira. “Nós podemos fazer um grande movimento de educação voltado para o poupador investidor. Nós já fazemos um investimento para o tomador do crédito, agora vamos estimular o pequeno investidor, ou seja, se ele tem R$ 500 e quer comprar um CDB, mas não sabe como, com essa plataforma ela vai conseguir. CDB ou qualquer outro papel de renda fixa. Sem falar que ele irá conseguir uma rentabilidade bem maior, porque os bancos estarão competindo entre si”, finalizou.