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Gravidez inesperada atinge 68% das mulheres: como se planejar financeiramente?

Segundo pesquisadora, mulheres não se previnem e não estão preparadas para mudanças decorrentes da gravidez

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – De acordo com pesquisa realizada pelo Hospital do Servidor Público Estadual, ligado à Secretária da Saúde, 68% das 344 mulheres ouvidas não planejaram a gravidez. A ginecologista e autora da pesquisa, Eliza Yoshiko Kochi Silva, disse que os números comprovam que, apesar de toda a informação disponível, as mulheres não se previnem.

Um dado que chamou a atenção foi o de que 90% das entrevistadas têm tempo de estudo superior a oito anos e nível socioeconômico delas foi considerado bom. “Esse indicador revela a importância de se adotar medidas de conscientização sobre planejamento familiar”.

Para a pesquisadora, mais grave ainda é o fato de muitas grávidas não estarem preparadas para a maternidade e as mudanças decorrentes da gestação. A gravidez pode ter acontecido sem planejamento, mas, a partir de agora, essa palavra deve constar no seu dia-a-dia, principalmente no que diz respeito ao seu orçamento.

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Antes do bebê: cuidado com os gastos!

Antes da chegada do bebê, existem alguns pontos a analisar, como o plano de saúde. A escolha correta e a busca por informações podem diminuir as despesas com parto, vacinas e consultas. Quanto você paga pelo plano e qual será a mudança com o nascimento do bebê? O convênio aceita a inclusão de dependentes ou os planos são individuais? Verifique os prazos de carência, se o casal já tem direito à cobertura de parto, internação e exames específicos. Confira ainda se a criança estará inclusa nestes prazos ou se estará sujeita a novas regras.

Outra despesa, que terá um valor maior, é com relação às condições da casa. Tem espaço para mais uma pessoa? Pequenas reformas ou uma possível mudança impactarão em seu bolso. Por isso, pense bem antes de tomar a decisão e de comprar por impulso itens espaçosos, como carrinho de passeio, bebê-conforto, banheira e trocador, por exemplo.

Além do espaço para guardá-los, você precisará se organizar para adquirir estes produtos, o que significa despesa extra! Portanto, mesmo com a ajuda dos avós, padrinhos e tios, que não deve ser pouca, você terá de arcar com algumas alterações no seu bolso. Controle os gastos!

Orçamento em dia

Com relação ao orçamento, inicie com a organização, escolhendo um local para guardar suas contas. Depois disso, some quanto gasta por mês. Caso seja muito abaixo do seu salário, conseguirá lidar com a situação melhor do que pensava. Agora, é hora de pensar nas dívidas. Se as têm, é melhor quitar o quanto antes.

Se o salário não dá para as despesas mensais, esse é o momento de pensar em alternativas. Cortar gastos extras e rever certos costumes pode gerar uma economia suficiente para acertar suas contas.

E depois?

Alguém desavisado poderá achar que criar um bebê, no início, não representará muitos custos, já que dependerá apenas do leite materno e os gastos estarão mais relacionados à compra de fraldas. Mas não é bem assim! Além dos pacotes e pacotes do produto, caso opte pelo descartável, são necessários remédios, vitaminas, vacinas e, em alguns casos, muito leite em pó.

Com a chegada do “herdeiro”, esses e outros itens integrarão sua lista de compras e serão sua prioridade por um certo tempo. Depois da gravidez, pode ser que a capacidade de fazer dinheiro diminua, com o afastamento do trabalho. Por isso, não deixe de fazer uma tabela com os gastos e as receitas. “Não perca de vista para onde o seu dinheiro está indo”.

De acordo com a consultora financeira Eliana Bussinger, o orçamento deve ser dinâmico após o nascimento do bebê, porque o que é essencial em um mês pode não ser no outro. “É preciso colocar uma coluna do futuro, de previsões de gastos com roupinhas, escola, viagens, lazer, alimentação, para ter uma noção de quanto será o gasto e correr atrás do dinheiro”.