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SÃO PAULO – Cresce cada vez mais o número de notas falsificadas que circulam pelo país, nos últimos três anos mais de um milhão de notas foram apreendidas. De acordo com informações divulgadas pelo Banco Central, a maior parte destas notas está centralizada no estado de São Paulo, que atualmente detém 40% das ocorrências de falsificação de dinheiro.
As notas mais apreendidas pelo Banco Central são as de R$ 10, seguidas pelas cédulas de R$ 50, sendo que até mesmo as notas de plástico, disponíveis apenas para valores de R$ 10, fazem parte da lista dos estelionatários. Vale lembrar que embora seja revoltante receber uma nota falsificada, o BC não se responsabiliza por repor as mesmas de forma que o prejuízo acaba sendo de quem recebeu a nota.
Brasileiro deve ficar mais atento
A ação dos criminosos é difícil de ser percebida pelo simples fato de que as notas são quase perfeitas, de forma que fica difícil identificar as notas falsificadas. De acordo com técnicos do Departamento do Meio Circulante do BC, cerca de 60% das falsificações poderiam ser evitadas se não fosse a negligência do brasileiro quanto à identificação destas cédulas.
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O procedimento seria útil tanto para a vítima ficar livre do constrangimento de receber uma nota falsa, quanto para evitar que a mesma fosse repassada para outra pessoa. Isto por que, quem tenta efetuar uma compra com nota falsa, mesmo que esteja agindo de boa fé, pode ser processado criminalmente e cumprir até dois anos de cadeia de acordo com o Código Penal.
Cédulas falsas em caixas eletrônicos
Engana-se quem acredita que não há possibilidade de se sacar notas falsificadas nos caixas eletrônicos. Embora as chances sejam bastante remotas já foram registrados casos deste tipo. Por exemplo, houve o caso de uma senhora que sacou R$ 30 em um caixa eletrônico no Rio de Janeiro, sendo que uma das notas foi identificada como falsa, levando a correntista a registrar queixa na delegacia de seu bairro.
Diante da queixa, o caixa eletrônico permaneceu lacrado até a perícia do Banco Central que encontrou dentro do aparelho 146 notas falsificadas, que posteriormente foram identificadas por dois funcionários do banco que faziam parte de uma quadrilha de falsários. Apesar dos bancos justificarem as ocorrências, o fato não torna a transação menos onerosa ao consumidor, que acaba sendo diretamente prejudicado. Portanto, mesmo que o dinheiro tenha sido sacado diretamente de um caixa eletrônico, o consumidor deve verificar a autenticidade da nota para que não seja prejudicado posteriormente ao tentar efetuar compras com cédulas falsificadas.
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Treinamento e campanha no combate às fraudes
Como forma de auxiliar no combate à falsificação de dinheiro, o BC oferece treinamento para bancos e associações comerciais que desejam aprender a identificar melhor as cédulas falsificadas. Desta forma, qualquer correntista também pode visitar o BC para tirar dúvidas e aprender a distinguir as notas verdadeiras das falsas.
Além disso, a instituição também está realizando uma campanha para atingir o público em geral, distribuindo folhetos informativos em algumas estações do metrô. O BC pretende ainda instalar quiosques em pontos estratégicos da cidade para que as pessoas possam tirar suas dúvidas sobre falsificação de dinheiro pessoalmente.
