Febre aftosa não impede liderança do Brasil nas exportações de carne bovina

De acordo com estimativas da CNA, país deve vender em torno de US$ 3 bilhões para o mercado internacional em 2005

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Focos de febre aftosa e greve dos fiscais agropecuários tentaram, mas não conseguiram impedir que o Brasil chegue a seu terceiro ano consecutivo como líder mundial nas exportações de carne bovina.

A constatação vem da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que estima que as vendas ao exterior rendam US$ 3 bilhões ao país em 2005. De fato, os dados dos 12 meses terminados em novembro sugerem o montante.

Trata-se de uma evolução de aproximadamente 25% frente ao ano passado. Isso mesmo com a queda no valor das exportações de carne bovina entre novembro de 2004 e de 2005: de US$ 184,8 milhões para US$ 170,8 milhões.

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Perfeita mobilidade

Segundo o presidente do Fórum de Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira, o impacto da aftosa não comprometeu a atividade: “a queda é pequena e de magnitude extremamente inferior ao que o mercado previa”.

Prejuízo módico graças ao dinamismo dos pecuaristas nacionais. Atentos ao fato de que a maioria dos embargos impostos à carne bovina mirava o Mato Grosso do Sul, eles se reorganizaram de modo a driblar barreiras.

Regiões impedidas de exportar realocaram sua produção à demanda doméstica. Ao mesmo tempo, estados sem gado contagiado e livres da desconfiança internacional passaram a atender o comércio mundial.

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Espírito bandeirante

A despeito de embargos, a Rússia continua a liderar as importações de carne bovina brasileira. Não é algo, porém, que acomode os exportadores. Eles já anunciaram; estão a conquistar novos territórios.

A prova está no crescimento das compras por parte de Romênia, Ucrânia e Bulgária. Essa última importou US$ 61,7 milhões até o mês de novembro, quase o triplo dos US$ 22,5 milhões registrados em igual período de 2004.