Estágios no exterior: mergulhe de cabeça no mercado global

Estudante volta com uma excelente bagagem cultural, e com novas armas para conseguir depois uma boa vaga no Brasil

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Você já deve estar cansado de escutar que a economia está cada vez mais globalizada e que para conseguir qualquer emprego é preciso saber diversos idiomas, já que as empresas estão exigindo essa qualificação para preencher suas vagas.

Atualmente, não basta só falar inglês, espanhol e alguma outra língua para entrar de cabeça no mercado; o profissional tem que ter um excelente jogo de cintura e habilidade para trabalhar num grupo com integrantes de vários países. As empresas procuram hoje profissionais globalizados, ou seja, verdadeiros cidadãos do mundo.

Como se tornar um profissional qualificado

Nos processos de seleção utilizados pelas empresas mais importantes, experiência internacional é um diferencial incontestável. Além das línguas, os empregadores dão preferência para quem já fez cursos fora do país, intercâmbios no colegial e estágios no exterior.

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Atualmente, o estudante conta com o apoio de muitas instituições para ajudá-lo na procura de uma vaga lá fora. A Aiesec, surgida na Europa em 1950, promove intercâmbio de universitários para empresas em 83 países no mundo. Para Sérgio Eleutério, quem viaja pela Aiesec tem as vantagens de um estágio comum e a possibilidade de aprender uma cultura diferente, trazendo para o Brasil todo o conhecimento adquirido no exterior.

Segundo Sérgio, quem faz esse tipo de programa não se arrepende. “Mandamos por ano cerca de 25 a 30 brasileiros para trabalhar fora do país, e quando voltam, eles não encontram nenhuma dificuldade para recolocação”, conta. As empresas estão formando times de trabalho com pessoas vindas de diversos países, e quem participou de um programa de estágio no exterior possui vantagens para trabalhar em ambientes de negócios internacionais.

Características exigidas

O interessado em vagas no exterior pela Aiesec tem que falar pelo menos o idioma inglês, e ter cursado no mínimo 60% do curso de economia, administração, contabilidade, engenharia ou ciência da computação. Quem já é formado ainda pode participar, desde que não tenham passado mais de dois anos da data de formatura.

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Apesar de aparentar, os EUA não é o país que mais atrai universitários brasileiros. Nossos estudantes estão querendo ir para a Europa, onde estão em moda países como a França, a Inglaterra e a Espanha. Em quarto lugar nas preferências está o Canadá, seguido finalmente pelos EUA.

Por sua vez, outra alternativa fica por conta da Central de Intercâmbio (CI) possui um convênio com a Iaest (International Association for the Exchange of Students for Technical Experience), vinculada à Unesco, e que envia estudantes para 50 países. Segundo a gerente de marketing da CI, Andréia Pinotti, é uma oportunidade para os estudantes aplicarem na prática o que eles aprenderam na faculdade. “O universitário que fala mais idiomas e é mais flexível no destino tem mais chances de viajar.

Muitas pessoas que vão para a Finlândia ou para a República Tcheca, por exemplo, acabam se surpreendendo com esses países e voltam satisfeitos”. Os programas iniciam entre maio e outubro e o tempo de duração varia bastante. “Muita gente aproveita as férias de julho para trabalhar”, conta Andréia.

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Quanto custa viajar?

Na verdade, os programas acima são remunerados e a bolsa oferecida pela empresas deve cobrir os gastos do estudante no que diz respeito às suas despesas com alimentação, moradia e transporte.

O valor naturalmente apresenta variações de país para país, mas em geral é possível fazer um paralelo com a bolsa oferecida pelas companhias situadas em São Paulo, de R$ 1.000,00. Como você pode imaginar, existem extremos como a Índia, onde US$ 80 são suficientes para sobreviver durante um mês, e em San Diego, nos EUA, onde a bolsa auxílio pode chegar a US$ 2.700,00.

Na Iaest, os estudantes recebem das empresas o necessário para pagar as despesas diárias e se forem econômicos, ainda pode sobrar uma grana para viajar depois. O orçamento vai depender do padrão de consumo de cada um, porém a entidade se compromete em oferecer o suficiente para acomodações razoáveis, de nível universitário. Não espere ficar num hotel cinco estrelas, a menos que você possa pagar por isso.

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Apesar da maioria não conseguir voltar com nenhum dólar na carteira, além de ter pagado pela própria passagem aérea, o investimento vale a pena. O estudante volta com uma excelente bagagem cultural, e com novas armas para conseguir depois uma boa vaga no Brasil. Se você deseja se tornar um profissional globalizado, eis uma chance de melhorar o seu currículo e conseguir boas oportunidades. Prepare as malas e boa viagem!