Emergentes: ações ligadas à demanda doméstica se destacam, diz pesquisa

Levantamento da Merrill Lynch com grandes gestores de fundos evidencia perspectivas aos mercados emergentes

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Focar na demanda doméstica. A frase foi repetida mais de uma vez no relatório mensal da Merrill Lynch sobre uma pesquisa feita em março, divulgada nesta quarta-feira (21), com grandes gestores de fundos referente às previsões e preferências para os mercados emergentes.

Se comparado a um jogo de futebol, não é incorreto afirmar que a aposta pela exposição em setores fortemente ligados ao consumo interno ganha de goleada contra o foco na demanda externa, analisando a opinião dos entrevistados. Segundo o resultado obtido pelo banco de investimentos, 83% dos gestores apostam em uma alocação mais elevada em papéis que atuam neste segmento.

Quando perguntados sobre qual aspecto macroeconômico dos emergentes é o mais favorecido no atual ciclo de expansão global, 78% dos investidores não tiveram dúvidas em escolher a resposta “demanda doméstica”.

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Divididos na esfera corporativa

No entanto, nem todos os aspectos foram suficientes para impedir uma certa dose de cautela na pesquisa. Pelo menos no âmbito corporativo. Para 39%, os lucros das empresas dos emergentes devem sofrer leve deterioração nos próximos 12 meses. Enquanto outros 39% dos entrevistados já avaliam que os ganhos das companhias devem ter ligeira melhora neste mesmo espaço de tempo.

É interessante observar que se o questionamento é sobre a possibilidade de os lucros das empresas apresentarem expansão de mais de dois dígitos nos próximos 12 meses, 56% consideram “razoavelmente possível”.

China: sinal verde

A respeito do crescimento do motor da economia mundial, a China, a maré de incertezas pode ter se dissipado. Metade dos investidores consultados interpreta que em um horizonte de 12 meses, a economia chinesa deve manter a mesma evolução.

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E, deste modo, as perspectivas são positivas aos mercados emergentes. Sobretudo se for incorporada a expectativa de 78% dos gestores, na qual as bolsas dos emergentes estão apenas “razoavelmente valorizadas”.